Review Nokia Asha 501: introdução, interface, uso dos dois chips
A oferta de aplicativos para o Asha 501 é o que permite dizer que ele é um “smartphone”. Tem os principais de redes sociais (Facebook, Twitter, Foursquare) e mensagens rápidas (WhatsApp, Line, WeChat), um cliente de e-mails razoável com configuração rápida para diversos serviços (Gmail, Yahoo, Hotmail). Por enquanto, Mapas só em um aplicativo beta (o Asha 501 não tem GPS integrado).
E apesar de ser um telefone básico, vem com uma oferta de 40 games grátis da EA, incluindo Tetris e Spore (não acredito que exista espaço para baixar os 40, mas confesso que não testei isso).
E o acesso à internet?
O Nokia Asha 501 ganha muitos pontos por ter Wi-Fi integrado (e de acesso rápido pelo menu de notificações). E perde muitos pontos por ter apenas conectividade 2G (EDGE) integrada para redes celulares. Tudo bem que em uma cidade congestionada como São Paulo (no sentido da rede das operadoras), muitas vezes navegar só em 2G pode ser uma vantagem (já que a conexão cai menos). Mas é mais lenta (bem mais) e arrastada. Sei que é por uma questão de custo, mas o 3G, nesse caso específico, faz falta.
Mesmo com o navegador com sistemas de compressão de dados (para menor consumo), é lento demais usar 2G. Se não for um problema e puder usar apenas no Wi-Fi, melhor.
Outros itens que merecem menção:
- Me mandaram jogar o Asha no chão (sério – mas não faça isso em casa ou na vida real). A carcaça é bastante resistente (o chão encontrou o aparelhinho várias vezes).
- Bateria: com 2G apenas e uma tela pequena, dura uma eternidade. Em dois dias seguidos de uso, com dois SIM cards, não consumiu metade da carga.
- A tela é outro ponto negativo, pela baixa resolução. Um Asha 501 com tela melhorzinha, 3G e função de hotspot seria ideal.
- Não publico aqui fotos da câmera por um simples motivo: ao transferir para o computador, os arquivos ficaram corrompidos (creio que o motivo foi o Asha 501 não ser um produto final, mas um protótipo ainda). A câmera tem resolução de 3,2 megapixels.
- A Nokia está vendendo por enquanto no Brasil apenas as versões em preto e branco do Asha 501, e não esse amarelo incrível (buuu!)
Vale a compra de um Nokia Asha 501?
Se você entende que é um smartphone superbásico, com tela pequena e de baixa resolução, mas que tem acesso a redes sociais e um básico de internet, o Asha 501 é um bom primeiro passo nesse mundo.
Não adianta comprar e depois reclamar que “é bonito, mas não tem 3G” – ele é assim, até que surja (espero) uma nova versão tão bonita quanto e com mais e melhores opções.
O Asha 501 é a evolução de um caminho adotado pela Nokia em paralelo aos seus topo-de-linha Lumia com Windows Phone. É para brigar no mercado (cada vez mais crescente) de “Androids baratos de 2 chips” (Nota mental: Android com menos de 1 GB de RAM é inviável, ok? E quase todos os mais simples/baratos não têm isso).
Pelo preço sugerido de R$ 329, o Asha 501 cumpre sua função: conecta seu dono, tem um bom telefone para 2 linhas e é diferente dos sabonetes-comuns no mundo dos telefones (ao menos mais colorido).
Outro uso indicado para o Asha 501 é por hipsters/moderninhos/modernetes de plantão que frequentam shows no Brasil e costumam ter seus Galaxys e iPhones levados por larápios no meio da multidão. Tem uma câmera (que não vai fazer muito melhor que qualquer outra num palco mal-iluminado), tem Facebook e tem WhatsApp para encontrar os amigos – e é bonito pra danar.
Resumo: Nokia Asha 501
O que é isso? Smartphone 2G para iniciantes no mundo digital (aplica-se a hipsters também)
O que é legal? Design lindo, tem 2 chips de operadoras, conexão Wi-Fi, interface simples.
O que é imoral? conexão 2G apenas, tela de baixa resolução, não tem GPS.
O que mais? Boa oferta de aplicativos sociais e de mensagens. Preço interessante.
Avaliação: 6,5 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 329 (desbloqueado)
Onde encontrar: Nokia
