E temos o Motorola Moto E entre nós. O irmão menor da família enxuta de smartphones da Motorola (composta por Moto E, Moto G, o novo Moto G LTE e o topo de linha Moto X) vem com a nobre pretensão de ser o primeiro smartphone de muita gente sem tentar comprometer a experiência de uso.
O Moto E, vale lembrar, ainda é um smartphone desenvolvido pela Motorola sob a influência do Google. “Não somos parte da Lenovo ainda, aguardamos definições regulatórias do governo, que deve demorar até setembro”, comentou Rick Osterloh, presidente da Motorola, hoje em São Paulo. “Aí quando tudo estiver aprovado a aquisição pela Lenovo estará completa. Por enquanto, ainda somos do Google”, disse.
Tanto Osterloh quanto Steve Sinclair, vice-presidente de marketing de produtos da Motorola, fizeram questão de bater na tecla de que o Moto E (um aparelho vendido desbloqueado nos EUA por US$ 129, no Brasil, a partir de R$ 529 (dual-chip)/R$ 599 (dual-chip com TV digital)) é um telefone “que não compromete a experiência de uso”.
Sem dúvida suas configurações são mais simples – uma tela grande de 4,3″ (960 x 540) protegida por Corning Gorilla Glass (e tem proteção contra água/respingos!), bateria de 1980 mAH, processador Qualcomm Snapdragon 200 (o mais básico da categoria) dual-core com 1 GB de RAM, 4 GB de armazenamento interno, câmera traseira de 5 megapixels, rádio FM, slot para cartões microSD, tudo isso rodando Android 4.4.2 “KitKat”.
Mas, 1 GB de RAM em um aparelho de entrada, com uma tela grande com resolução “topo de linha” de dois anos atrás, com Android 4.4? OK, isso não parece “falta de comprometimento” e é uma boa notícia para o consumidor. A diferença de preço para o Moto G de 1 chip apenas é de R$ 120, vale lembrar.
À primeira vista, o Moto E é igualzinho ao Moto G. A mesma linguagem visual, a mesma traseira curvada…
Mas já de cara dá para ver que a câmera traseira (e não existe câmera dianteira – sem selfie pra você!) não tem flash integrado.
O resto do acabamento, porém, segue o padrão dos Moto. Entrada para headset e microfone no topo..
Botão de liga/desliga e controle de volume na lateral direita (sem disparador de câmera…)
E o conector micro USB embaixo:
O Moto E que recebi para testes veio todo em preto com duas capinhas extra: uma azul (mostrada abaixo) e uma amarelo-limão.
A câmera de 5 megapixels é de foco fixo (mas faz HDR, pelo menos):
Tanto o alto-falante superior quanto o microfone inferior vêm com uma proteção de metal (em vez de um pequeno buraco). Creio que é por causa da proteção contra respingos d’água. Mas os botões do Android são na tela, e não ocupam espaço desnecessário na parte frontal do aparelho.
E, como o Moto G e o Moto X, o Moto E usa o Android bem simplificado, quase original. Ao sincronizar minha conta do Google o sistema já baixou alguns apps de uso frequente…
E, promessa feita, promessa garantida: a Motorola entrega o Moto E com a versão mais nova do Android.
Ao abrir a tampa traseira, vemos que a bateria de 1980 mAH é selada ao Moto E. O selo da Anatel vem com indicação de fabricação nacional.
E, na lateral, o slot para cartão microSD (até 32 GB) e as duas entradas para microSIM card de operadoras.
Nagano comenta: Uia! Slot para cartão micro SD num Motorola novo, Yaaay! Banzaai!!!
Na época do lançamento do Moto X eu cheguei a perguntar para um engenheiro da Motorola porque eles não colocaram slot Micro SD nesse aparelho e a resposta oficial (para mim meio fora do contexto local) é que eles incentivam o uso do armazenamento na nuvem e que, por causa disso, 16 GB são mais do que suficiente para armazenamento local.
Mas pelo visto no caso do Moto E com seus 4 GB internos a história é outra ou mais exatamente, uma de duas possibilidades: Ou eles querem que o usuários REALMENTE USE o serviço de armazenamento na nuvem, ou eles acham que o público alvo desse smartphone nem acessa 3G de modo que é melhor liberar logo o slot micro SD.
Eu de minha parte, instalei um cartão microSDXC de 64 GB no meu Razr i (que só vem com 8 GB internos) e até agora tudo bem: mais feliz que pinto no lixo!
Mas e comparando com o Moto G? O Moto E tem tela de 4,3″, o G (à direita), de 4,5″, e lado a lado a diferença é GRANDE.
Finalmente, uma das variantes do Moto E para o Brasil vem com o recurso exclusivo de sintonizador de TV digital 1-seg. E, bem, funciona!
A única coisa é que, bem, precisa usar uma antena (que vem na caixa) para sintonizar os canais de TV digital (que serve como extensor pra fone de ouvido também).
Desse modo, você pode ter sua novela mexicana da tarde a qualquer hora…
Bônus track: a Motorola vai vender umas capinhas reforçadas pro Moto E. Nada de preço ainda, mas é uma proteção extra pro aparelho.
Como sempre ótima matéria. Sugiro deixar as fotos com links da mesma sem crop.
CARA COMO SE TEM ESSAS CAPINHAS DE OUTRAS CORES?