Pocket Review: Samsung Galaxy Note7

O Galaxy Note7 é a referência da Samsung para aparelhos topo de linha: recursos que estão nele devem aparecer nos demais produtos na geração seguinte, e por aí vai. É um grande aparelho – no tamanho, na tela, nos recursos.

Como o produto está sendo recolhido no exterior (e minha unidade de testes está pronta pra ir embora), resolvi escrever um review-relâmpago sobre os recursos de software que mais gostei. Sim, o Note7 é o grande aparelho da Samsung neste ano (não fale isso perto do S7 edge, que ele fica com ciúmes).

Fato é que 35 unidades do Galaxy Note7 explodiram mundo afora (dá pra ver o estrago aqui) quando estavam carregando e, por precaução máxima, a Samsung fez recall do produto. O Brasil não é afetado por isso, já que o lançamento estava previsto para 23 de setembro, mas a fabricante diz em nota oficial que:

“A Samsung destaca que o produto ainda não foi comercializado no Brasil e seu lançamento no país será adiado.”

Então, esperemos a próxima versão do Note7 chegar, em algum momento de setembro (espero).

O que você não vai ver neste review: benchmarks de desempenho e análise da bateria e da câmera – tem algumas fotos no meu Instagram. Para conhecer o hardware do Note7, veja o hands-on. E logo abaixo destaco os principais recursos de software do aparelho.

Cadê a coragem para colocar o Note7 com 22% de carga na bateria pra tirar algumas fotos para esse review?

Confesso que deu um medinho de encaixar o USB-C no aparelho e ligar na tomada uma última vez antes de zerar o smartphone. Nada aconteceu, óbvio. 

Mas voltando à vaca fria, o que importa no Note7 em relação ao S7/S7 edge (e espero que venha em breve para esses e outros aparelhos): a Samsung aprimorou a interface TouchWiz (codinome “Grace”) e melhorou muito a facilidade de uso do aparelho.

Tudo está mais organizado e fácil de encontrar, começando pelo painel superior, que inclui um novo Filtro de Luz Azul para a tela (mais abaixo). Tem também a Pasta Segura, um local pra esconder informação sensível (ops) de olhos curiosos. Um campo de busca ajuda bastante.

O visual das Configurações do Note7 também mudou, mais limpo e organizado.

Assim como os ícones da tela principal, que tem menus pop-up ao pressionar/tocar com a caneta S-Pen. 

Com uma tela de resolução WQHD, dá para controlar a resolução da tela, algo que nunca tinha visto num smartphone:

A opção de controlar/filtrar a luz azul é algo que eu quero pra ontem no S7 edge (e em qualquer smartphone ou tablet). Eu costumo deixar o recurso (que se chama Night Shift no iOS e algo similar está presente nos Asus Zenfone) ligado 100% do tempo. 

Outra novidade bem-vinda é o campo auxiliar na base da tela de configurações, com links para outros recursos relacionados no menu. 

O hardware do Note7 traz um recurso interessante de segurança: além do uso de senha/padrão para desbloquear a tela, é possível usar impressões digitais (sensor continua tão rápido como no S7) e sua íris para destravar o dispositivo. Sim, sua íris. É rápido…

…e dá pra escolher qual imagem aparece na tela quando o foblet pedir pra você olhar pra ele. Funciona muito bem, mesmo em ambientes escuros. Com óculos de sol, somente em ambientes muito muito iluminados. 

Apesar de não ter conseguido testar a fundo a bateria de 3.500 mAH do Note7 (maldito Pokemon Go!), o smartphone traz novos modos de economia de energia que reduzem o consumo, a resolução da tela e o desempenho do aparelho. 

E para dispensar o uso de “apps de terceiros que prometem limpar seu Android, mas no fim enchem o aparelho de propaganda” (vocês sabem de quem estou falando), o modo de Manutenção faz uma checagem rápida do estado da RAM, bateria, armazenamento e proteção, com opção de otimizar o uso. 

Finalmente, o Galaxy Note7 tem como principal destaque o uso da caneta S Pen. Não é (nem nunca foi) meu principal método de entrada nos foblets da linha Note por dois motivos – letra ruim e total inabilidade em desenhar…. Mas a canetinha está lá, disponível para muitas funções. 

A função nova mais interessante é a de traduzir palavras em tempo real, em vários idiomas.

Tudo fica armazenado no Samsung Notes, um app centralizador de notas, desenhos e afins.  

De qualquer modo, a S Pen fica guardada na área designada e o

Bônus track: o modo SOS 

Pausa para uma história de horror momentâneo. Ao configurar o Note7 pela primeira vez, ativei o recurso de enviar mensagens SOS e me esqueci por completo – tanto dos contatos cadastrados para uma emergência como o modo de ativar o SOS. 

Saindo do lançamento do Quantum Fly, entrando no táxi, sem perceber ativei a coisa. Mulher e sócio receberam fotos do meu bolso, gravação de áudio e a localização no mapa de onde eu estava.

Notei que tinha ativado, mas é impossível impedir o envio. Liguei para a mulher na sequência (já estava desesperada, passou o susto depois). Felizmente, a outra parte envolvida na mensagem maluca – o sócio –  estava jogando Pokemon e não viu a tempo de se desesperar; somente viu a mensagem de desculpas que mandei depois.

Então, amiguinhos, prestem atenção ao configurar o SOS no seu Note7 (ou outros aparelhos Samsung) para não dar sustos nos entes queridos de forma desnecessária. O recurso é útil, só que em caso de erro, pode causar problemas em casa.

Pausa para um momento de ZTOP-reflexão: Para que serve a tela curva?

Depois de usar o S7 edge e o Note7 por um tempo, cheguei a uma conclusão simples e necessária: a tela curva ajuda a deixar o aparelho lindo de morrer, mas na prática você quase não vai usar os apps e recursos na gavetinha lateral da tela.

Sendo sincero, só uso mesmo o resumo da agenda do dia pela manhã para me programar. Mas… o aparelho fica muito muito muito bonito (e impressiona os amigos, não é, Nagano?).

Resumo: Samsung Galaxy Note7

O que é isso? Foblet Android topo de linha.
O que é legal? Design compacto, tela curva, rapidez, à prova d’água. Recursos inexistentes em outros modelos high-end da marca (USB-C, reconhecimento de íris, nova interface)
O que é imoral? Baterias explosivas (lá fora, lá fora).
O que mais? Como o Note7 ainda não está à venda no Brasil, a questão do recall só vai atrasar a chegada oficial às lojas. Mas enquanto o problema não é resolvido (e deve ser muito em breve), não podemos indicar a compra dele nesta data (02 de setembro).
Avaliação: 7,0 (de 10). Entenda nosso novo sistema de avaliação.
Preço sugerido: R$ 4.299 (desbloqueado). Preços podem variar de acordo com a operadora ou varejista.
Onde encontrar: Samsung