Era uma vez uma fabricante chamada Samsung, que criou um gigante chamado Galaxy S, que a levou à liderança no mercado Android e hoje briga para se manter no topo. Na sua sexta geração, o Galaxy S6 é um bicho que pretende ser totalmente diferente dos antecessores, e isso é sinal das mudanças que estamos vendo acontecer na fabricante coreana.
Não vou entrar aqui na discussão de configurações técnicas ou se X é melhor que Y porque tem mais RAM ou a câmera tem gazilhões de megapixels (tem uma lista de specs no final; vale notar que a Samsung trocou Dropbox por Microsoft OneDrive como armazenamento na nuvem).
Vou tentar resumir o “tempo de qualidade” que tive com o aparelho neste fim de dia aqui em Barcelona.
1) Ainda tem botões físicos. Sim, é Android Lollipop, mas eles continuam lá para ir e voltar e tal.
2) É muito leve (138 gramas). A borda em metal, errr, lembra nosso amigo iPhone 6. errr…. Ali em cima tem um transmissor de infravermelho (yay!)
Embaixo, fone de ouvido/headset, miniUSB (felizmente a ideia doida do conector USB 3.0 micro B do Galaxy Note 3 ficou só naquele aparelho mesmo) e uma grelha de alto-falante. Sim, é aqui que o povo vai falar “oooh parece iphone” – porque metal + alto-falantes com buraquinhos, afinal.
Nas laterais, o design parece que foi aparado manualmente. É um detalhe interessante (clique para ampliar). O que não é legal é o compromisso com uma câmera melhor que deixou um calombo proposital na traseira.
3) É um ímã de marcas de dedos, por conta do vidro na traseira (esse é o modelo “Gold Platinum”, que mais parece um espelho). As “coisas” de saúde continuam lá – como o medidor de batimentos cardíacos, que acho que acaba mais sendo usado como disparador da câmera frontal.
Na frente, a supercâmera com f/1.9 e 5 megapixels. Yay, selfies! Em tempo: no mundo da fotografia profissional, lentes com f/1.9 costumam ser caras, né Nagano?
Nagano pitaca: Na verdade isso depende da época já que, até o fim da era da fotografia analógica, uma lente de 50mm “normal” com abertura máxima f1.8~2.0 era considerada uma opção mais em conta para aqueles pobretões que não podiam bancar uma f1.4 ou mesmo uma f1.2 (sendo que essa última por sinal, servia mais para impressionar as garotas e os fotógrafos nerds do que produzir uma imagem super nítida).
Fato é que com sensores de imagens cada vez menores (e mais poderosos) nos celulaeres, hoje é muito mais barato oferecer uma lente f2.0~f1.9 sendo que grande vantagem desse recurso é que elas permitem capturar imagens de boa qualidade mesmo em ambientes mais escuros e sem o uso de flash, tecnologia por sinal que parece que não melhorou muito nestes últimos anos.
4) A clássica e incomparável comparação com o Apple iPhone 6. Por mais que o iPhone tenha crescido, o S6 tem uma tela BEM maior (mais a seguir). Obrigado jornalista alemão esquisito que tinha um iPhone no bolso.
5) Lollipop! Ou “não é mais que a obrigação, certo?’
6) Interface: siiiim está mais fluida, rápida. Dois cliques no botão principal do meio da tela e, voilà, câmera liga muito rápido (0,7 segundo, diz a Samsung). De qualquer modo, o jeitão de TouchWiz continua lá presente.
…Mas algumas coisas são novas, como o email e os contatos (ufa, bem mais simples).
7) A tela. 577 pontos por polegada, Quad HD (2560 x 1440), Super Amoled. Sei que tem gente que não gosta de S-Amoled, eu gosto e achei incrível. Muita cor, muito detalhe, talvez a melhor tela de um aparelho Samsung.
Lista de especificações técnicas pro Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge:
Aviso: ZTOP está em Barcelona para cobrir o MWC a convite da Samsung. Opiniões e fotos bacanas são nossas.
Eu gostei da versão sem ser edge, se acabou com o lag da TW e retirou aquele tanto de bloatware da Samsung já acho válido, e o sem ser edge achei bem clean e sóbrio o design. Se o preço não fosse tão exorbitante no Brasil ia para minha lista de escolha.
nesse mundo pós-dólar a R$ 3, tudo vai ficar mais exorbitante.
Henrique, acho que você não vai fazer o hands-on do HTC One M9, mas entre o Galaxy S6 e o M9, você vê o último como o mais funcional (não necessariamente o melhor)? Quando falo funcional no sentido de que não possui uma resolução de tela exagerada e que compromete o desempenho e a bateria, além do fato de que os extras serem teoricamente mais úteis (pelo menos na minha opinião). Estou só perguntando isso pelo fato de que apesar da HTC estar fora do Brasil, as pessoas tem um grande interesse por este aparelho.
Vou tentar ver o M9. Eu pessoalmente tenho bode da HTC, se der tempo…
Eu também,Henrique
Espero que tenha alguma novidade da Asus com seu Zenphone 6 e sua chegada ao Brasil
O S5 também tem entrada USB3.0. Não sei se o Note4 também tem. Ele perdeu a proteção IP67 também, presente no S5.
quis dizer o conector, q era aquele ~feio e grande~. atualizei o texto! (tks!)
a minha lente 35mm é f/1.8, quase não uso flash.
Imagine isso numa câmera frontal.
Comentando o aparelho, considerei um downgrade: sem bateria removível, slot mSD e proteção IP67.