O segundo dia do tour oficial começou com uma visita ao showroom do sistema HomeVita, solução de automação doméstica da Samsung, que integra a a tradicional operação remota de eletrodomésticos a uma rede de distribuição de áudio e vídeo, sistema de segurança, controle ambiental e monitoramento da saúde dos moradores, tudo em um único pacote que pode ser operado via TV, Internet, celular ou através de “tablets” espalhados pela casa. Resumindo, é a casa do futuro.
Entre os recursos de destaque estão um sistema de segurança, que pode registrar todas as visitas à casa quando a família estiver ausente e avisar o proprietário pelo celular, um sistema de controle ambiental, que monitora constantemente a temperatura e níveis de CO2, oxigênio e umidade na casa, mantendo-os dentro dos limites para um ambiente confortável, um sistema de redistribuição de vídeo, capaz de enviar um filme em DVD do player da sala para a TV do quarto, por exemplo, uma infraestrutura de serviços, que permite que você faça compras ou solicite serviços em lojas das proximidades sem sair de casa, e um sistema médico, capaz de medir através de exames de sangue, urina e indicadores como peso e percentual de gordura no corpo a saúde dos moradores e comunicar estas informações automaticamente ao médico da família.
Segundo representantes da Samsung, 70% dos novos apartamentos (casas são raras por aqui) na Coréia do Sul usam algum sistema de automação doméstica, seja o HomeVita ou um produto de alguma das muitas outras empresas que atuam no setor. Para a Samsung, os principais mercados são os EUA, China e Emirados Árabes, com 25 mil apartamentos já equipados com esta tecnologia e 35 mil ainda em construção. O preço é salgado, cerca de 20 mil dólares, incluindo os eletrodomésticos “inteligentes” que, claro, devem ser todos da Samsung.
Após um almoço chinês tradicional seguimos para o Design Center da Samsung no centro de Seoul. Em 1996 o presidente da empresa determinou que o design seria fator crucial no mercado nos próximos anos, e uma das principais áreas de investimento. Dez anos e mais de 100 prêmios de desing depois, a Samsung emprega 600 designers em sete centros especializados espalhados pelo mundo, que se empenham em projetar não só o visual dos novos produtos como também as interfaces com o usuário, sejam de hardware ou software, e a chamada “experiência”, ou seja, como o usuário se sente em relação ao produto e como este afeta seu dia-a-dia. Eles trabalham duro: algumas linhas de produtos, como celulares e MP3 player, tem no design seu ponto forte, e precisam ser renovadas a cada seis meses, em média.
Terminamos o dia conversando com a equipe responsável pela divisão de telefonia celular para a América Latina. A Samsug já é a terceira colocada neste mercado, atrás de Nokia e Motorola. Infelizmente, a maioria das perguntas dos jornalistas sobre mercado, tendências e estratégias foi respondida com um “isto é confidencial”. Conhecemos a nova linha de celulares “Ultra”, aparelhos finíssimos em três modelos: Candybar (com 6,9 milímetros de espessura), Flip (com 9,9 milímetros) e Slider (com 12,9 milímetros). Todos equipados com câmeras fotográficas (1.3 megapixels no Candybar, 2 megapixels nos outros), MP3 players, Bluetooth e muitos outros recursos. Há versões CDMA (exclusivas para o mercado coreano, que também tem DMB) e GSM, para o mercado global. Para finalizar, fizemos uma visita ao AnyCall Studio, showroom de telefonia móvel da Samsung, onde pudemos ver os Ultra em ação, além de outros produtos como celulares com câmeras fotográficas de 10 megapixels (apelidado de “a câmera com telefone” por nós, devido ao tamanho), aparelhos para games (como jogos em 3D com qualidade gráfica similar à do Playstation original), aparelhos para multimídia com mixers e efeitos para brincar com suas MP3 e outros.