2013 foi o ano da consolidação do super smartphone Android. O ano acaba com quatro excelentes aparelhos topo de linha à venda, cada um voltado a um público distinto (no meu humilde ponto de vista). São eles o Samsung Galaxy Note 3, o LG G2, o Sony Xperia Z1 e o Motorola Moto X.
Pô, mas topo de linha é caro. Sim, compre com um bom plano de dados 4G e pague menos – ou parta para o Windows Phone.
Fato é que os Androids mais baratos (na faixa de R$ 700 e abaixo) costumam vir com menos de 1 GB de RAM, o que significa desempenho encrencado e chances praticamente nulas na hora de atualizar o telefone quando um Android novo vier. Ter um aparelho mais caro aumenta a chance de atualização e uma vida útil maior para o smartphone (se você não deixar cair no chão, claro).
Nessa faixa de preço (R$ 600-R$ 700), nossa indicação é o Motorola Moto G (leia o review), que tem opções com entrada para um ou dois SIM cards de operadora. Ou compre um superfone do primeiro semestre de 2013.
Nos quatro aparelhos mais caros, você ainda encontra opções de câmeras melhores (mas não excelentes), conectividade 4G e pequenos detalhes que fazem diferença – como o pacote de software e mídia que a Samsung embarca no Note 3 (acesso ampliado ao Dropbox, por exemplo) ou o receptor de TV digital do Sony Xperia Z1.
Pense neste post como um guia rápido de compras de última hora (ou avaliação de bons presentes pós-Natal). Não vou falar de desempenho e benchmarks dos aparelhos aqui: isso já está em um post separado.
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E dá pra fazer uma escadinha com o tamanho dos aparelhos: Note 3, Xperia Z1, G2 e Moto X. Curiosamente, a tela do G2 é maior (5,2″) que a do Z1 (5″), mas a proteção extra do Z1 aumenta o volume do dispositivo. Vale mencionar que todos os aparelhos usam processadores Qualcomm Snapdragon – algo que deve começar a mudar em 2014, quando (minha aposta) fabricantes como Intel e MediaTek farão incursões mais fortes na arena dos superfones (começando já na CES, em janeiro). A conferir.
1) Produtividade
O Samsung Galaxy Note 3 é o foblet (híbrido de smartphone e tablet) para produtividade. É um monstrengo (no bom sentido) com uma linda tela Full HD de 5,7″ e um monte de apps da Samsung para tomar notas, desenhar e usar o produto como caderneta digital – que se torna mais completa com a caneta stylus integrada. Preço sugerido: R$ 2.799 (Samsung).
O conector microUSB 3.0 (o primeiro em um smartphone) pode assustar pelo tamanho do encaixe: não se preocupe, já que cabos convencionais microUSB 2.0 padrão servem para recarregar a bateria do foblet. A câmera é boa, não excelente.
O que mais? a tela grande é ótima para ver filmes. Só acho suspeita a escolha de um material que imita couro na parte traseira: pelo menos no branco, suja rápido demais.
2) O tudo-em-um
Seu nome é Sony Xperia Z1. Quando o vi pela primeira vez, achei que seria meu próximo Android (não é). É um aparelho extremamente honesto, com acabamento reforçado contra água e poeira (algo que vem do irmão maior Xperia Z Ultra) e com uma câmera de 20 megapixels de resolução – não se engane com esse número.
E por que é tudo-em-um? Tem uma câmera razoável (os 20 megapixels precisam ser configurados manualmente, não é algo que se possa fazer de forma automática ao ligar a câmera), uma interface amigável, vem com games pré-instalados, nada de produtividade (como foi o Z Ultra) e um hardware bem poderoso em uma tela de 5″ Full HD.
Quando a Sony diz que o Z1 é protegido contra água e poeira não está brincando: é um aparelho selado e com acesso cheio de portinholas para trocar o SIM card, inserir o cartão de memória ou carregar a bateria não-removível. Como bônus, tem um receptor de TV digital padrão brasileiro integrado, e dá para gravar programas na memória do telefone. Preço sugerido: R$ 2.399 (Sony).
3) O híbrido
O LG G2 não é um foblet, mas se comporta como um graças aos apps integrados de produtividade (tomar notas, desenhos, telas etc.) Tem uma câmera boa, uma tela boa e até ringtones divertidos – e um design um tanto esquisito. Tudo porque a LG removeu os botões da lateral do telefone, algo padrão nos Androids, e colocou tudo atrás:
Pode parecer complicado no primeiro dia de uso, mas depois você se acostuma e acha bem fácil. Dos quatro aparelhos testados, foi o que achei ter a melhor câmera (13 megapixels). E, como o Moto X e o Xperia Z1, o LG G2 tem um corpo único sem bateria removível – o que te força a usar uma ferramenta para abrir o compartimento do SIM card (como nos iPhones). Preço sugerido: R$ 1.999 (LG)
4) Melhor custo/benefício
O Moto X, na relação custo/benefício, é o melhor Android com preço na faixa dos R$ 1.500 à venda no mercado brasileiro (motivos bem explicados no review). Tem uma câmera razoável também, uma excelente combinação de hardware e software que podem deixar leigos achando que a configuração é ruim (não é). E a Motorola já atualizou para o Android 4.4 “Kit Kat”. Preço sugerido: R$ 1.499 (Motorola)
AMOSTRAS DE FOTOS
Na sequência, fotos tiradas por: Samsung Galaxy Note 3, LG G2, Sony Xperia ZQ (fotos em 4:3, mais largas, foram tiradas em 20 megapixels de resolução) e Motorola Moto X:
De dia:
Com um gato que acordou antes do clique:
À noite (não tem uma que se salva). Veja a comparação com o Nokia Lumia 1020.
Uma flor:
Outra flor:
Um ambiente escuro:
Essas fotos em tamanho ampliado e dividido por aparelho estão em nosso Facebook.
Em tempo: se você precisa de uma câmera com recursos com smartphone e não tem problemas com Windows Phone, sua melhor escolha hoje é o Nokia Lumia 1020.