Hoje a operadora Vivo oficializou sua rede GSM – já tem 300 mil clientes, 90% deles novos, desde que começou a oferecer os aparelhos na nova tecnologia, em janeiro – e lançou planos pós-pagos para GSM. Já são 23 aparelhos disponíveis de seis fabricantes (curiosamente, apenas a Motorola estava presente ao evento, mas a Nokia já falou que trará 15 modelos disponíveis) e alguns desses celulares serão exclusivos da Vivo em GSM – seja no modelo ou na cor diferenciada do aparelho.
Com o lançamento oficial, a Vivo sai de uma fase “silenciosa” ao tocar no assunto GSM e encara qualquer possível tabu sobre a polêmica com o CDMA. Nas palavras de Roberto Lima, presidente da operadora, o cliente “tem a opção”. Se quer dados e velocidade, vai de CDMA. Se quer roaming digital em diversos países, vai de GSM – e no Brasil, todas as cidades que têm CDMA já estão cobertas por GSM também (mais ou menos 6 mil estações rádio-base). E quem tem número CDMA e quiser ir pra GSM pode manter a linha, sem se preocupar em avisar todo mundo.
A rede de dados da base GSM é EDGE – “a mais moderna do mercado”, segundo Lima. Não duvido. O burburinho entre jornalistas e executivos da Vivo pós-coletiva de imprensa é que, sim, a Vivo já aproveitou a vantagem de instalar uma rede GSM fresquinha e preparou o caminho para o WCDMA/UMTS (o 3G “de verdade”). Isso daria í Vivo uma vantagem enorme quando a Anatel leiloar as frequências 3G no Brasil – se o leilão fosse hoje, em seis meses a Vivo já teria o UMTS operando contra (teoricamente) uns 18 meses das operadoras sem infra-estrutura de redes ainda.
Eu já usei a rede UMTS da Cingular nos Estados Unidos por alguns dias. Downloads muito rápidos, sem frescura. E uma ótima qualidade de voz. O bom é que já temos poucos aparelhos prontos para isso aqui no Brasil (vide os aparelhos da Nseries da Nokia, como o N80 – que não será oferecido pela Vivo – e o N73 Music Edition).