Smartphones (sete modelos, incluindo o topo de linha Mi 9), aspirador de pó robô, caixa de ferramentas, baterias, fones de ouvido, patinete, lâmpadas, mochilas, projetor, óculos, caixa de som Bluetooth e até guarda-chuva (entre outros) fazem parte do portfólio enorme que a Xiaomi vai lançar no Brasil, com venda online, loja autorizada e em varejistas.
Tudo em parceria com a DL Eletrônicos, que vai importar, distribuir e dar garantia e assistência técnica aos produtos. Nada será fabricado no Brasil.
A DL Eletrônicos anunciou hoje (finalmente!) sua estratégia oficial para o relançamento da marca Xiaomi no Brasil. Em fevereiro, alguns produtos foram homologados e começaram a ser vendidos apenas em poucos varejistas, como o Ricardo Eletro, apenas de forma offline.
Vale sempre lembrar que em 2015 a Xiaomi, em um momento de expansão internacional da marca sob o comando do sr. Hugo Barra, abriu uma operação no Brasil, vendeu apenas um modelo de smartphone, somente online, e fechou as portas menos de um ano depois.
Desta vez, parece ser uma estratégia melhor planejada, em parceria oficial com a DL Eletrônicos.
A DL tem uma fábrica em Santa Rita do Sapucaí (MG) onde produz PCs, tablets, featurephones, smartphones básicos e eletrônicos de consumo, além de outros produtos tecnológicos. A empresa foi fundada em 2004 e começou vendendo panelas de arroz e panelas de pressão elétricas, segundo o site da marca.
A Xiaomi é uma das marcas mais queridas da “youtubesfera” de tecnologia, onde lojas de importação pagam os canais com produtos para review e oferecem comissão nas vendas. Não à toa, os resultados – independente da qualidade da marca e do produto – tendem a ser muito favoráveis. Mas faz produtos muito bons.
Nesse sentido de construção de marca (para o bem ou para o mal), a Xiaomi volta ao Brasil bem mais conhecida que da primeira vez.
Eu repito que a Xiaomi – mesmo depois do fiasco brasileiro (e da saída amigável do Hugo Barra para o Facebook/) – ainda é a coisa quente em smartphones, junto com a Oppo e a Vivo – a Oppo nem deve pensar em Brasil depois do fiasco paraguaio no final do ano passado.
A estratégia agora é mais azeitada. A DL já tem uma capilaridade enorme no varejo brasileiro e sabe que, para conquistar o consumidor, ele precisa ver o aparelho na mão. Então, começou com o Ricardo Eletro, agora vai para as Pernambucanas (e chega a São Paulo e Rio), em breve lança no Magazine Luiza e outros varejos nacionais. Tudo, aqui, focado nos smartphones, que são o carro-chefe.
Mas não é só isso. O site mi.com vai ser a loja oficial online da Xiaomi no Brasil nessa primeira fase (já que espertalhões tentaram falsificar a loja; o assunto é cuidado pelo jurídico da Xiaomi na China). E a DL, em parceria com um varejista não-identificado, inaugura no dia 1o de junho a primeira loja autorizada da marca no Brasil. Será no Shopping Ibirapuera, com 210 metros quadrados e planos de expansão para outros locais em um futuro próximo.
Por conta da operação online e da loja física, a Xiaomi vai trazer “mais de oitenta produtos”, segundo Luciano Neto, diretor de produtos da DL e head da operação Xiaomi no Brasil. Todos os produtos serão importados e preços da maioria das coisas só descobriremos mesmo nas lojas (real e virtual). Mas tem muita coisa, como dá para ver nas imagens mais abaixo.
Sobre a linha de smartphones, ela é composta por:
- Xiaomi Mi 9
- Pocophone F1
- Mi 8 Lite
- Redmi Note 7
- Redmi Note 6 Pro
- Redmi 7
- Redmi Go
Com dois destaques na linha: o modelo premium Mi 9 (acima), com câmera de 48 megapixels e processador Qualcomm Snapdragon 855, que chega para concorrer com o Samsung Galaxy S10 e o Huawei P30 Pro.
Tem um preço sugerido excelente para a categoria – R$ 3.999 – e, se a Xiaomi conseguir manter em estoque, pode causar algum transtorno para a concorrência (vide os P30 esgotados semana passada no lançamento com preço especial). A DL também está dando suporte para a Xiaomi adaptar o Android com a interface MIUI para o Brasil.
O segundo é o intermediário Redmi Note 7, que pelo valor sugerido de R$ 1.699, vem brigar na “nova faixa de Gaza” (aparelhos entre R$ 1.500-1.999) com Motorola (One Vision, G7 Plus), Samsung (vários Galaxy A) e o Huawei P30 Lite (que estou ainda testando, mas foge um pouco dessa faixa agora no lançamento, mas deve se ajustar no futuro).
Galeria de Fotos: muitas coisas
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