Como já era esperado, a Asus anunciou a segunda geração do seu smartphone com foco em fotografia na terceira edição do Asus On Board, durante o último final de semana.
Mostrado pela primeira vez na CES 2017, o Zenfone 3 Zoom começa a ser vendido nesta segunda-feira (27) pelo preço sugerido de R$ 1.899 na versão com 3 GB de RAM e 32 GB.
A versão de 4 GB de RAM e 64 GB de memória sai pelo valor sugerido de R$ 2.199 e a de 4 GB de RAM e 128 GB de espaço será vendido pelo preço sugerido de R$ 2.499.
No quesito preço, é bom pontuar que a segunda geração do Zoom vem consideravelmente mais barata que o primeiro Zoom, lançado em 2016 por R$ 2.699 (4 GB de RAM e 64 GB de memória). A explicação, segundo Marcel Campos, diretor da Asus, é que agora a produção é local, algo que não foi possível fazer totalmente na época do lançamento do primeiro Zoom, em razão do seu modulo diferenciado de câmera.
Intermediário alto, o smartphone carrega um processador da Qualcomm, o Snapdragon 625 (octa-core 2.0 GHz), e uma bateria de 5.000 mAh com Quick Charge 1.0. Nesse ponto, vale mencionar que o Zenfone 3 Zoom aproveita bem a sua bateria acima da média para oferecer ao consumidor a tão falada (e ótima) característica reversível do USB Type-C. Ou seja, quando carregada, a bateria do Zenfone 3 Zoom é capaz de carregar outros dispositivos a ele conectado. Na caixa, além do carregador de 10W e dos fones de ouvido, vem também um adaptador para o novo conector.
As câmeras, sabemos, são o principal foco do produto, mas é impossível não reparar e se encantar com essa bateria, especialmente quem teve a chance de pegar a versão anterior na mão, que tinha sérios problemas.
Ao que parece, a Asus resolveu essa questão da bateria e também o design meio ultrapassado da versão anterior, que lembrava muito uma tentativa frustrada da Samsung de fazer um produto mezzo smartphone, mezzo câmera cybershot, o Galaxy K Zoom. Como a proposta do smartphone é a fotografia, eu esperava encontrava novamente os botões dedicados e até mesmo aquele buraco para cordinha. Não são recursos que façam falta, é verdade, mas que faziam jus ao objetivo do aparelho. Tudo bem, superaremos.
Nagano comenta: Vale a pena observar que apesar desse lançamento, o Zenfone Zoom original (R$ 2.699) continuará a ser vendido no Brasil por algum tempo, assim como o Selfie (R$ 1.549).
Daí pode surgir a dúvida: Com a chegada do novo Zoom vale a pena investir no modelo antigo? Nossa opinião é que — aparentemente — não.
O problema é que como o Zenfone 2, o Zoom é baseado na plataforma Intel que simplesmente caiu fora do mercado de smartphones, deixando a Asus literalmente num mato sem cachorro, sem nenhum apoio inclusive para migrar para o Android 6.0.1, processo por sinal que ela teve que bancar por conta própria e foi um processo bastante complicado, com diversos bugs nas versões iniciais e problemas de compatibilidade com diversas apps, incluindo duas que (até onde sei) não foram resolvidas até hoje — Instagram e Whatsapp.
No caso do instagram ao tentar postar um vídeo gravado pela câmera Pixelmaster ocorre um erro no programa e o sistema entra em loop. Já no Whatsapp a qualidade do vídeo não é das melhores.
Fora isso, depois do complicado processo de migração do Zenfone 2/Zoom para o Android 6 eu particularmente desconfio que a Asus vai se animar a bancar novamente a atualização para o Android 7 já que a estratégia da empresa é de garantir o suporte ao SO com que o smartphone é lançado e sua próxima versão.
Nessa versão, a fabricante também abdicou da traseira de couro. Verdade seja dita que o design do Zenfone 3 Zoom lembra bastante o iPhone 7 Plus como o Henrique já mencionou aqui, mas pelo menos ele está mais bonito como um todo e sem aquela saliência do conjunto de lentes. As cores também me agradaram: preto meio azulado, branco meio prateado, e rosa dourado (ou rosa iPhone).
Por fim, as câmeras, o grande xodó da Asus. A câmera frontal é de 13 megapixels, abertura de f/2.0, enquanto na traseira são duas de 12 MP, uma de 25mm, abertura de f/1.7 e estabilizador de imagem (OIS), e a outra com 59 mm e abertura f/2.8), zoom óptico de 2×3, detecção de auto-foco e flash dual-LED (dual tone).
Nos testes preliminares que eu fiz durante o final de semana do evento a câmera se mostrou muito melhor do que a anterior, especialmente no modo noturno, que era um dos principais problemas da primeira geração do Zoom. Outros testes ainda precisam ser feitos, mas se você ficou curioso é só ver a hashtag #captureomomento no Instagram para ver o que alguns profissionais estão fazendo com o smartphone (claro que tem algumas pessoas usando a hashtag e outros aparelhos, mas é só procurar por fotos de mar, praia e navio para achar as que foram feitas pelos participantes do evento).
Por aqui, a principal reclamação foi a versão do Android, que é a 6.0 em tempos de Android 7.0 já rodando em vários aparelhos vendidos no Brasil e Android O já anunciado.
A explicação da Asus para a decisão é a mesma de sempre: leva um tempo para fazer todos os componentes conversarem com essa nova versão do sistema operacional e, além disso, é preciso adaptar a ZenUI, a interface da marca.
Talvez para o usuário médio a versão do Android não faça tanta diferença assim, mas a verdade é que lançar um produto hoje com a versão anterior pega meio mal, especialmente quando a próxima já está em andamento. Eu, particularmente, ainda me incomodo mais com a ZenUI, que acho que não condiz com o design cada vez mais premium dos aparelhos da Asus, e que no Brasil vem cheia de erros de português. Estão arrumando, dizem eles.
Zenfone AR e Live
Também apresentado na CES 2017, o Zenfone AR, que é compatível com o projeto Tango de realidade aumentada do Google e também com o Daydream, o projeto de realidade virtual, fez uma aparição no Asus On Board.
Segundo a empresa, o aparelho chega até o final do segundo trimestre, ou seja, até junho, mas como um produto apenas de posicionamento de mercado. Com 8 GB de RAM e Snapdragon 821, esse é um aparelho apenas para a Asus mostrar que pode ser inovadora. O produto ainda não tem preço.
Outro que fez uma aparição no evento foi o Zenfone Live, que lá fora é chamado de Zenfone Go 3, mas que no Brasil ganhou outro nome. Com Snapdragon da série 400, 2 GB de RAM e 16 GB de memória, o Zenfone Live é para ser um aparelho de entrada. A câmera frontal é de 5 MP com flash enquanto a traseira é de 13 MP. Uns dos principais destaques desse smartphone é a função embelezamento para live streaming, microfone duplo com cancelamento de ruído e TV Digital. Compatível com a rede 4G, ele deve chegar em maio ao Brasil, ainda sem preço definido.
*Em mais uma participação especial, a Emily, que agora é editora-chefe do Manual do Usuário, esteve no #AsusOnBoard3 a convite da Asus e do ZTOP.
Achei umas fotos legais quando puxo o #captureomomento, mas o que mais vi foi um monte de millenial egocêntrico fazendo pose…
Valeu, Emily, pelas informações (Nossos analistas preferidos não querem viajar mais?! :-P)
Qual o problema com o K Zoom? :-/
Ele tem até Xenon, zoom ótico e slot mSD – só falta bater foto em RAW. (Mas preciso comprar outra bateria, pois a dele não aguenta 1h de tela ligada).
E essa configuração intermediária está com excelente custo benefício (R$2.200 com RAM4Gb e 64Gb). É só habilitar o Google Photos para não lotar a memória.
E já temos o Flash Xenon externo pra ele? Zen Flash 2?