A Asus anunciou hoje em Taiwan sua nova linha de smartphones Zenfone 4, com quatro irmãos: Zenfone 4 Pro, Zenfone 4, Zenfone 4 Selfie Pro e Zenfone 4 Selfie. E lá vem uma pequena encrenca para a cabeça do consumidor.
Encrenca? Sim: esta é a quarta geração dos Zenfone – até aí tudo bem. O problema, que era previsto pela fabricante, é que a primeira geração de 2014 tinha três variantes: os Zenfone 4 (abaixo)…
…o Zenfone 5 e o Zenfone 6 – que se referiam ao tamanho da tela, não à geração do produto.
A segunda família (agora seguindo a numeração por numeração) veio com o Zenfone 2, seguida pelo Zenfone 3 e agora os novos Zenfone 4. Então a decisão foi manter a sequência numérica e tudo bem – esquecemos o passado e pronto.
Puxando pela memória fraca aqui, o Zenfone 5 foi mais popular aqui no Brasil na época, o Zenfone 2 foi um sucesso também e meio que parou por aí: a Asus tem cerca de 3% de mercado no Brasil, pelo que a gente ouve extra-oficialmente das empresas que medem esse tipo de coisa (e não pode citar a fonte, são relatórios caros blablabla).
Mas 3% é o suficiente – ao menos para eles – para fazer bastante barulho com marketing (e YouTubers de tecnologia, muitos deles associados a lojas chinesas de bom preço/envio rápido e divulgando smartphones sem homologação da Anatel ou garantia local, mas isso é outra história).
Voltando à vaca fria, da leva 2017 de Zenfones 4, o mais legal (pra mim) é esse aqui: o Zenfone 4 Pro.
A Asus sempre vendeu seus smartphones com o conceito de “luxo acessível”: recursos razoavelmente bons (porém inferiores aos topo de linha do mercado) com um design bem acabado e bonito (que, de vez em quando, parecia demais com o iPhone).
Com o Zenfone 4 Pro (modelo ZS551KL), a história muda um pouco. As especificações básicas de hardware são, finalmente, dignas de topo de linha: processador Qualcomm Snapdragon 835 (o SoC premium da turma de San Diego), 6 GB de RAM, 64/128 GB de armazenamento interno, bateria de 3.600 mAH. A Asus pecou na tela AMOLED com resolução Full HD (quando os concorrentes premium de verdade já estão no QuadHD desde 2016).
A câmera dupla – seguindo o trabalho iniciado lá no passado com o Zenfone Zoom (a pior duração de bateria de todos os tempos) e no interessante (mas não excepcional) Zenfone Zoom 3 – parece ser o grande destaque aqui. São duas lentes (sensores Sony de 12 megapixels/grande angular com f/1.7, bem luminosa, e 16 megapixels/50 mm) com zoom óptico de 2x, estabilização óptica de imagem, vídeo em 4K, modo retrato (estilo iPhone 7 com fundo desfocado).
A câmera frontal tem 8 megapixels de resolução e a interface ZenUI, meu principal motivo de crítica aos Zenfones, parece ter melhorado um pouco. E o aparelho vem com Android 7.1.1 (oooh!!!).
Como é comum em lançamentos da Asus, nada de preço ou data de lançamento oficial, mas devemos ver os Zenfones novos no Brasil antes do final do ano.
[Zenfone 4 Pro]
O hardware parece bom, mas a ZenUI não me convence. A minha experiência com essa interface (e o monte de porcaria que vem instalada sem opção de remover) foi tão ruim que só vou voltar a arriscar com a Asus depois de ver muita gente usando e elogiando.
diz que reduziram para 13 apps apenas. a conferir… http://www.androidpolice.com/2017/08/17/asus-says-entire-zenfone-3-4-series-will-get-android-o/
Precisa ver quais são essas 13 e que impacto tem na performance e usabilidade. Não vir com gerenciador de memória e/ou gerenciador de bateria já seria um grande avanço. Se você conseguir um para testar durante uns dias, depois nos conta como foi.
Tenho usado há quase um ano o Zenfone 3 e posso te dizer que os Apps da ZenUI não atrapalham, nem influenciam na performance da autonomia da bateria.
Aliás uso o gerenciador de memória e faz diferença usar, além do controle de inicialização de programas, assim tiro o máximo de apps da execução em segundo plano e com isso ganho uma autonomia muito boa.
Legal Adriano. Acho que também é uma questão de necessidade e preferência individuais. Eu, por exemplo, não gosto de ter nenhum gerenciador de memória ou controle de inicialização rodando em meu celular. Sempre prefiro o Android o mais puro possível. No meu caso, com as aplicações que uso e da maneira como utilizo meu smartphone, tenho uma performance e experiência muito boa sem nada desses software adicionais.
Não entendo quais são as implicações comerciais e provavelmente são elas que justificam ter uma UI própria. Mas eu adoraria ver a Asus lançar uma versão desse smartphone com Android puro. Eu com certeza compraria.
Então @disqus_HGekug6SOS:disqus segundo o próprio Marcel explicou, dificilmente alguém usa o Android puro:
https://twitter.com/Adrenaline/status/894325977169498112
Usar o Android assim seria algo semelhante a instalar o Debian somente com os binários open source e sem suporte a nenhuma mídia, seja audio, video ou imagem.
Realmente, ter a opção de remover os aplicativos previamente instalados já resolveria muitas das queixas.
Tava vendo o lançamento do Nokia 8 e o sistema vem de fábrica com 14GB usados, espero que isso seja uma versão prévia antes do lançamento.
Oi @adrianodelima:disqus , eu acho o Marcel Campos excelente e respeito muito o trabalho que ele vem fazendo na Asus. O cara joga limpo com o usuário. Já ouvi várias participações dele no Ultrageek e ele abre o jogo de uma maneira inimaginável para um executivo de qualquer outra marca.
Mas dei uma olhada na entrevista desse link que você mandou e acho que nesse ponto específico do Android puro ele deu uma viajada. É claro que ninguém que defende Android puro está falando dessa versão “capada” mencionada por ele. Quando alguém defende o Android puro é claro que está falando da versão OEM. Sendo mais específico, quando eu falo em Android puro estou me referindo à experiencia que os Nexus entregam. Mas não posso deixar de dar razão ao Marcel quando ele menciona mudanças que realmente fazem diferença para o usuário no dia a dia e que não estão presentes no OEM.
De qualquer forma, vendo essa entrevista, tenho mais de esperança que a parte de software da Asus irá melhorar nessa nova versão. Fico esperando os reviews e opiniões de quem usar um Zenfone 4 por pelo menos algumas semanas. Ainda vai algum tempo antes que eu tenha que trocar de telefone.
Realmente, desta vez vou ter que acompanhar o review de alguém, exceto se conseguir vender meu Zenfone 3 pra pegar o novo. =’)
eu uso meu Zenfone Selfie (da série 2) há 1 ano e meio e não tenho nada que reclamar da performance da ZenUI. Dos aplicativos que vêm “embutidos” só precisei desativar os apps padrão do Facebook (porque prefiro usar a versão Lite que consome menos do pacote de dados).
E devo dizer que um aplicativo de gerenciamento de inicialização escolhido pelo fabricante me parece algo mais confiável que instalar um “qualquer” da PlayStore. E funciona.
Claro, melhor seria ter um Android puro, mas enfim, dentre as interfaces de fabricantes, me parece ser a menos problemática.
conhecendo a Asus, logo mais deve aparecer algo por aqui
Pela imagem consegui identificar:
1- Câmera, 2- Calculadora, 3- Relógio, 4- Contatos, 5- Discador, 6- ???, 7- Gravador de voz, 8- Temas, 9- ???, 10- ???, 11- ???, 12- Galeria e 13- Régua (?).
Isso tirando os aplicativos de terceiros (Facebook, Messenger e Instagram) que devem render uma graninha pra Asus vindo do Tio Mark.
Realmente difícil de ver naquela imagem. Acho que o 10 é o Power Master.
UI é só trocar (Nova, Aviate, etc).
Problema são os bloatwares.
Putz, parece o Galaxy S da primeira geração
não tenho absolutamente nada contra a ZenUI (pelo menos ela não é pesada igual ao TouchWiz da Samsung – aliás, ela ainda usa isso?) , mas devo elogiar elogiar a ASUS em alguns detalhes:
1 – a resistência dos aparelhos: minha esposa tem perfil “desastrado”. deixa cair o telefone toda hora, de vez em quando dá “banho” (involuntário) neles, etc. Depois de um ano e meio de sofrimento e torturas (rsrsrsrsr), finalmente o ZenFone Selfie (geração 2, já que esse modelo não existiu na 3ª) apresentou seu primeiro defeito: o touch screen começou a falhar (detalhe, nunca quebrou, mesmo com o tanto de porrada que levou – ponto para o Gorilla Glass). Comprei a tela ontem, troquei em casa hoje, e está novo de novo (salvo as rachaduras e quebrados diversos na carcaça do aparelho). Nem preciso dizer que o meu aparelho idêntico, tratado com tanto cuidado quanto possível (já levou um ou outro tombo, mas só tem arranhões hehehe) , está praticamente perfeito.
2 – freqüência de atualizações de sistema operacional. Tá, não foi para o Android 7 (está no 6.0.1), mas sempre tem algum fix ou atualização;
3 – câmera: as duas câmeras do Zenfone Selfie são excelentes para os meus padrões;
4 – mesmo com todas as atualizações recebidas e o suposto peso extra da ZenUI, ainda roda fluido como sempre deveria.Minha única ressalva é o app do Facebook e Messenger ser “embutido” no sistema, então tive que desativá-lo para usar a versão Lite de ambos, que eu prefiro (no celular da patroa continuam os apps padrão).
5 – o custo-benefício, não chega a ser tão bom quanto a dos aparelhos da Motorola (cujos relatos de defeitos me dão medo) mas não é tão absurdamente caro quanto os da Samsung por exemplo
Olha, se eu estivesse precisando trocar o meu aparelho, pegaria um dos novos. Mas vou usá-lo até o osso. kkkkkk
touch wiz = eu tb odiava. hoje é BEM mais funcional (ufa).
poisé, tem tempo que eu não compro samsung kkkk
Eu também sou usuário do Zenfone desde o (protótipo do) modelo 5 e o que tenho a dizer é que me acostumei bem com o ZenUI ao ponto de estranhar quando pego um aparelho para testes ou só para brincar um pouco.
A minha opinião é que a medida que os smartphones estão ficando cada vez mais parecidos — ou seja, um tabletinho com uma tela no meio — o que vai realmente diferenciar um modelo do seu concorrente será a interface com o usuário.
Isso de um certo modo cria uma certa fidelização por parte do usuário no sentido que se ele estiver satisfeito com a maneira com que ele usa o seu aparelho, ele cria para si mesmo o que poderiamos chamar de uma zona de conforto e — provavelmente — na hora da troca, é bem provavel que na lista de desejo conste um modelo de mesma marca.
Os fãs daquela empresa com nome de fruta que o diga!
“YouTubers de tecnologia, muitos deles associados a lojas chinesas de bom preço/envio rápido e divulgando smartphones sem homologação da Anatel ou garantia local, mas isso é outra história.” Hahahaha! Eu ri.