O Galaxy Note7 é o sexto foblet da Samsung. Anunciado hoje no Rio (e em Nova York e Londres), o smartphone gigante chega às lojas já em setembro.
Galaxy Note7
A Samsung inventou a categoria do foblet (fone+tablet) em 2011 ao anunciar o primeiro Galaxy Note. Era um trambolho (para os padrões da época, com sua telona de 5,3″) com o conceito de ser um smartphone para produtividade, por conta da área útil da tela e sua caneta S Pen.
Só que o que era esquisito virou padrão nesses últimos cinco anos: a tela de 5″ ou mais se tornou comum, e o Galaxy Note ficou mesmo com essa cara de “smartphone de negócios” (exceção feita ao Note 4 Edge, o primeiro com tela curvada, ainda que só de um lado).
Para ajudar, nossos amigos coreanos perderam um pouco a mão no design dos Galaxy topo de linha (notadamente o S5) e começaram a se reencontrar no S6, acertando em cheio no S7 e no S7 Edge (um favorito deste ZTOP em 2016, por sinal).
O Galaxy Note7 é a consolidação dos acertos de design e hardware da Samsung. Tela curvada e grande, processador rápido, novos recursos de segurança, câmera veloz: está tudo lá, assim como a velha e boa canetinha S Pen, agora com poderes renovados.
Em tempo: pra alinhar a numeração com o carro-chefe Galaxy S7, não existiu o Galaxy Note 6 – a Samsung pulou para o 7 direto.
E o que tem dentro dele? Um processador octa-core (Exynos 2,3GHz + 1,6GHz), 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento interno (expansível com cartões microSD) e uma tela Super AMOLED de 5,7 polegadas de bordas curvadas com resolução Quad HD (2560 x 1440, 518 pontos por polegada). Mede 153,5 x 73,9 x 7,9 mm e pesa 169 g, bateria com capacidade de 3.500 mAH com recarga rápida com ou sem fios.
Para efeitos de comparação, o Galaxy Note original media 146,8 x 82,9 x 9,6 mm – era mais largo e mais grosso. O novo Note7 é um filhote de S6 Edge Plus com o S7 Edge, mais a canetinha.
E, sim, como é comum nos designs da família 7, os aparelhos são ímãs enormes de marcas de dedos, graças à proteção por vidro na frente e na traseira (Gorilla Glass 5, por sinal).
A câmera traseira do Note7 usa a mesma tecnologia do S7, com um sensor Dual Pixel de 12 megapixels com estabilização óptica de imagem (e lente F/1.7). A câmera frontal tem resolução de 5 megapixels e também abertura F/1.7. Ao lado da câmera estão o flash dual-tone e o sensor de batimentos cardíacos.
Aqui, o S7 edge (e sua tela de 5,5″) parece pequeno ao lado do Note7.
O aparelho também mantém a proteção IP68 contra água e poeira do S7. Mas e a S Pen? Também é protegida – incluindo a ranhura onde ela fica armazenada. A S Pen agora tem uma ponta de 0,7 mm e, diz a Samsung, teve a qualidade de sensibilidade à pressão aprimorada.
Os recursos relativos à S Pen também foram modificados: tem até um tradutor de idiomas (ainda que palavra por palavra)…
… e um novo aplicativo chamado Samsung Notes, que centraliza tudo produzido/feito/colado com a S Pen.
Na série “pequenas mudanças”, a interface Touch Wiz teve pequenas mudanças de ícones e estilo geral:
Mas o item mais interessante do Galaxy Note7 é a parte de segurança. O aparelho já vem com o recurso Samsung Knox instalado, que cria uma área privada e protegida para dados sigilosos, mas agora permite usar dois tipos de biometria para destravar a tela: a já conhecida leitura de impressões digitais e a nova autenticação por reconhecimento de íris (uau). Basta olhar pro aparelho (!) e ele destrava. Na demo que vi, era bem rápido.
Em tempo: o reconhecimento de íris funciona mesmo com lentes de contato e óculos – mas para isso você precisa usá-los quando for gravar os dados no dispositivo.
O Note7 procurando olhos para identificar – ou não.
É o sensor do lado esquerdo que “lê” a íris do dono. Update 04/08: à esquerda está um LED infravermelho e ao lado da câmera frontal (o círculo maior) está uma câmera de íris. (mais aqui, em inglês)
A tela de bordas curvadas
Um alerta importante – e honesto: apesar de a Samsung falar muito (e usar como um excelente recurso de marketing) sobre as vantagens da tela curvada (ops, Edge) e seus apps integrados, na prática você não vai usar pra nada (no S7 Edge, que alterno com o iPhone 6S Plus, desativei notificações e sempre esqueço dos apps da borda).
Mas não importa: ela é linda. E o Note7 só aprimorou a beleza do S7 Edge.
E, com o Note7 adotando o padrão de conector USB-C, podemos esperar que as próximas gerações de smartphones da Samsung vão ajudar a popularizar o padrão. Não, USB-C não é novidade – vide o Moto Z e o LG G5. Mas para manter compatibilidade, o Note7 virá com um adaptador para USB mini na caixa.
(nota do editor quase off-topic: o LG G5 foi lançado hoje na Argentina.
Os hermanos verão a versão com Snapdragon 820 e não a coisa capada que saiu por aqui.
De qualquer modo, é um smartphone que ficou obsoleto quando a Lenovo anunciou o Moto Z, muito mais funcional que o G5 na troca de acessórios/módulos).
E, piada interna (feita no Rio e em Nova York), o Note7 tem um conector de fone de ouvido (reza a lenda que o próximo iPhone não terá um).
A gaveta de SIM card comporta também um cartão microSD de até 256GB (!)
Preço e disponibilidade
O Samsung Galaxy Note7 entra em pré-venda no mercado brasileiro no próximo dia 22 de agosto, com previsão de entrega na primeira quinzena de setembro.
O preço sugerido é de R$ 4.299 (milagre a Samsung falar preço assim de cara), curiosamente o mesmo do S7 edge de 32 GB poucos meses atrás. No Brasil, o kit de lançamento virá com o Galaxy Note7, a nova versão do GearVR e fones de ouvido Gear Icon X (o que me parece um custo/benefício excelente, já que só o Icon X custa mais de R$ 1.000).
Cores: no Brasil, teremos o preto, prata e dourado. O modelo azul não será vendido por aqui.
Pra mim, o azul é o mais curioso visualmente: o acabamento azulado-metálico da frente cria um contraste com o rosa-metálico-desbotado (sim, essa borda é rosa-homeopatia).
Na série “acessórios”, o esquisito teclado físico continua a existir em nova versão:
E, em uma nota à parte, se tiver ingressos para qualquer coisa no Parque Olímpico do Rio 2016 (afinal, Samsung é patrocinadora dos jogos), passe no estande gigante da marca e participe da área de experiências (vai ter fila, mas faz parte da brincadeira).
Tem protótipos dos primeiros óculos de VR da Samsung e um monte de celular pré-histórico pra ver – e a sala dos espelhos, divertidíssima.
Disclaimer: Henrique viajou ao Rio a convite da Samsung Brasil. Fotos e opiniões são nossas.
Uma coisa temos que concordar; mesmo o aparelho sendo caro para C-A-R-A-L-H-O, a Samsung é uma das poucas empresas que lança seus aparelhos rápidos aqui no Brasil, praticamente no mesmo dia/semana do lançamento lá fora. O que eu acho chato é ela ficar com frescura de limitar o leque de opções de cores do aparelho, o mais bonito na minha opinião que é o azul ela não vai trazer…
PS: Pelo menos os aparelhos top do ano passado começam a abaixar o preço e finalmente quem sabe no final do ano poderei comprar um S6 Edge. 😂
sinceramente, se puder, espera pra pegar um S7 edge. a bateria é BEM melhor.
Hands on padrão ztop…
Com o lançamento da samsung, me preparei e acabei de comprar um Note… 5
A proteção IP, dual pixel e a volta do SD são upgrades interessantes.
Só não entendo a necessidade da tela curvada e se tem diferença entre f/1.7 e f/1.9 do Note5.
E o Samsung Notes não era o antigo S-Note?
P.S.: alguem ouviu os consumidores e manteve o conector P2. O que farei com meu fone com Noise Reduction ?
Mas acho que os consumidores não entenderam que um fone digital (USB-C) precisa de um DAC, pois os falantes ainda amplificam audio analogico ( Engadget ) – o que antes era no celular (DAC) precisa ser incorporado aos fones, o deixando mais caro.
a tela curvada é pra dizer “eu tenho, a Apple e nenhum concorrente não tem”, em resumo.
e esse lance do fone digital vai dar confusão, aguarde.
fiz um texto no fórum que participo analisando a péssima ideia de de usar USB-C para transmissão de áudio nos smartphones, eliminando a conexão P2 – fones mais caro, mais pesados e descarte da base instalada (fones já comprados):
Por que alguém compraria esse acessório com teclado físico?