Galaxy Z Flip3: O que importa
- É um smartphone de tamanho convencional que dobra no meio, com hardware topo de linha.
- Dobrado ele fica “quadrado”, mas não atrapalha ou cria um volume horrível no bolso.
- Até dá para abrir com uma mão só (requer um pouco de treino e prática).
- Usar o aparelho “sentado” na mesa ajuda na hora de fazer videoconferências e ver TikTok.
- O vinco no meio da tela passa despercebido conforme o uso (mas ao rolar a tela você sente que tem uma leve depressão ali).
- A câmera principal é boa, a tela externa maior ajuda bastante (porém tem suas esquisitices), a bateria é OK, mas por enquanto parece não ter muito o que fazer por limitação de espaço mesmo.
- Nos EUA ele custa US$ 999, que é o preço padrão dos smartphones premium (errr, iPhone 12). Não sei o preço aqui ainda – só em 15 de setembro a Samsung vai divulgar essa informação, junto ao preço dos demais anúncios do Unpacked do mês passado.
- Quase todos os itens acima eu peguei do review do primeiro Z Flip no ano passado.
- Fato é que o smartphone em sua nova versão deixa de ser um produto experimental – eu disse, na época: compraria um? talvez. É um smartphone incrível, divertido e legal para mostrar nas videochamadas para os parentes, mas ainda é um momento “olha só, eu consigo fazer isso” da Samsung.
- Agora é eu compraria um? Óbvio. Poxa, estou jogando dinheiro na tela do notebook e não apareceu nenhum Z Flip3 na minha frente ainda.
- Como diria Law Roach, juiz magnânimo e arquiteto de imagem em Legendary (HBO Max), a Samsung “fez o que precisava ser feito”.
- O Z Flip3 é um dobrável que evoluiu muito – tem quase todas as mesmas configurações do Z Fold3 – com um design cool que faz tempo que uma marca como a Samsung não tinha desde, sei lá, o Galaxy S7 edge?
- Seu fator de impressão (ou de gerar um “uau” de quem o vê pela primeira vez) é gigantesco e ter um produto com uma tela plástica que dobra ao meio com proteção contra água (não, não lavei o smartphone) é um feito incrível da engenharia de produto (e design) da Samsung.
- Basta olhar para as imagens a seguir e ver que é um objeto de desejo nato (e olha que a unidade de testes que me mandaram nem era na minha cor favorita (verde escuro ou o phantom black). Tem o tamanho certo, uma pegada agradável, uma tecnologia por trás incrível. Passa a sensação de algo sólido, não de que vai quebrar na primeira semana de uso.
- O Galaxy Z Flip3 poderia ser só um produto feito para aparecer, não para ser uma máquina de desempenho (como um Z Fold3 ou um – descanse em paz – Galaxy Note 20). Mas a Samsung criou algo com o bônus de ser bonito e ter ótima performance – ou tudo que a Motorola tentou com a reedição do razr e não deu muito certo até o momento.
- A tela dobrável de 120hz de atualização é muito nítida, daquelas que dão prazer em ver más notícias no Twitter (nesta casa não se usa Facebook). Ou dobrar no meio e deixar sentadinha para ver TikToks deitado – ou levemente dobrada com a tela na horizontal para ver vídeos no YouTube. Faltou ao Z Flip3, porém, a câmera de selfies embaixo do display, como no seu irmão maior.
- E, bem, totalmente aberto o Z Flip3 é um smartphone Galaxy como os outros. Dá para dizer que é um Galaxy S21 que se dobra ao meio.
- Como na geração anterior, a tela tem um vinco no meio – daqueles que você nem percebe direito depois de um tempo de uso. Mas com um fundo branco na tela, o vinco salta aos olhos.
- De novo o louvor à engenharia de produto que desenvolveu essa carcaça. Parece que com o fiasco do primeiro Fold (aquele do recall em 2019) veio a ordem executiva de “nunca mais nada entra no mecanismo de dobra ou embaixo da tela”. Parece que a engenharia cumpriu direitinho o pedido.
A câmera
- O smartphone tem três câmeras: duas externas (principal e grande angular) e uma interna para selfies. Mas as externas também servem para tirar selfies, já que a nova tela externa é maior (no Z Flip original também dava, porém era um pouco mais complicado pela telinha minúscula).
- A fotografia com o aparelho fechado traz o desafio de não colocar o dedão na frente da lente. E, não entendi o motivo, a foto sai quadrada, mesmo usando a lente principal.
- Macros são boas, fotos de dia são excelentes, gostei dos retratos, imagem no modo noturno é muito boa. Mas trocaria a super grande angular por um zoom de 2x ou 3x (pela minha experiência de uso, zoom é mais importante que super grande angular).
- Algumas amostras de fotos. Não use o zoom digital, fica ruim.
- Ainda na tela externa, agora fica mais fácil realizar algumas tarefas rápidas com widgets – ver notificações, previsão do tempo, controlar música e até recursos dos fones Galaxy Buds2.
Algumas observações sobre software:
- Dá para usar o Z Flip3 como uma chave FIDO de segurança (caso tenha uma) – não é algo novo, mas primeira vez que vejo em destaque no Android 11.
- Tem muitas configurações para telas – inicial, bloqueio e frontal.
- Videochamadas no Duo (alguém usa?) ou Zoom são compatíveis com efeitos de desfoque/cor de fundo alternada – só tive reuniões no Google Meet naquela semana, porém, e não consegui usar.
- Wi-Fi seguro: é uma VPN integrada. Parece uma evolução do app Samsung Max (que dava VPN de graça se você optasse por ver anúncios durante a recarga do aparelho).
- Bateria: na média, cheguei a 10h de uso do smartphone com 38-40% de carga. A carga rápida com fio é apenas de 15W, algo não tão rápido hoje.
O que eu mudaria no smartphone
- Câmera teria zoom óptico e não uma grande angular como lente secundária, uma câmera frontal embaixo do display como no Z Fold3.
- Mais bateria, com capacidade de mais watts na recarga (15W é pouco em 2021 para um aparelho premium)
- Imagino que em algum momento do futuro veremos a tela externa do Z Flip ocupando mais de metade da parte de fora do aparelho – mas o que tem hoje é bastante útil.
- Leitor de digitais na lateral é excelente (não faz sentido ter um embaixo da tela).
De resto, design incrível e com acabamento resistente, o Samsung Z Flip3 será uma ótima escolha quando for anunciado aqui em 15 de setembro (com provável venda no fim do mês/começo de outubro… para bater com os novos iPhones 13, talvez?).
Custando US$ 999 no exterior (um preço menor que o original), fica difícil prever o preço (o Z Flip saía por US$ 1.380 lá fora/R$ 8.999 aqui) considerando o dólar e a economia brasileira em geral. Será que a Samsung vai chutar alto como a Apple nos iPhones ou quer brigar por um novo mercado que ela mesma inventou? A conferir.
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