A HP anunciou hoje sua nova linha de tablets com Android – um modelo com tela de 7″ e outro com 8″. É uma tentativa de explorar o mercado de valor abaixo de R$ 899 para fortalecer a marca no “segmento de valor”.
São produtos com design interessante, porém genérico (e configuração também) para atingir um público que separa dinheiro para comprar um tablet e pode ficar tentado em gastar mais por conta da marca HP – e não estão errados nisso.
“Segmento de valor” foi um dos termos mais mencionados na apresentação da HP, que deu algumas justificativas pela escolha das telas de 7″ e 8″ para seus tablets. Primeiro: tablets de US$ 199 lá fora (que se tornam pelo menos R$ 599 no Brasil) estão na faixa de preço que mais cresce (demanda, escala, popularização da tecnologia), como mostra o lado esquerdo do gráfico, e esses tamanhos de tela menores são os que, em teoria, vendem mais/têm maior participação do crescimento do bolo de tablets no geral. E, claro, mostraram o lindo gráfico (dados do IDC) que mostra o crescimento monstruoso desse mercado no Brasil, liderado pelo Android (a parte inferior mostra Américas/América Latina/Brasil). Óbvio que, por questões de preço, tablets com iOS representam apenas 6% do mercado brasileiro. Finalmente, chegamos à segmentação. Pesquisas internas da HP dizem que “80% do mercado Android está em telas de 8″ ou inferiores”. Deu a entender que, pela divisão por segmentos (entretenimento / convencional / valor / básico), a HP quer que seus produtos sejam básicos E bons. Tarefa difícil no mercado de “valor” proposto pela fabricante, mas não custa tentar – pelo menos a HP tem músculos em fabricação local (caso dos dois tablets) e distribuição de produtos no varejo, algo muito importante .
(comentário off-topic ainda no tema “smartphones e tablets” versus “distribuição local”): a chinesa Xiaomi, do amigo Hugo Barra, disse que quer vender produtos no Brasil no futuro. Tio Hugo: lembre sempre que o varejo come pelo menos 30% da sua margem e que a logística para e-commerce aqui ainda é complicada, tá?)
Eu particularmente leio essa divisão segmentada em Apple (“entretenimento acima de R$ 1.300”) / Samsung (apesar de ter modelos mais pop, tem tablets acima de R$ 1.000)/ Asiáticos (Asus/Acer/Lenovo e sua guerra de preços sem baixar demais o nível) e OEMs povão (DL, Positivo, CCE e afins que podem ser o primeiro tablet do consumidor classe C/D, mas não devem ser o segundo tablet, seguindo a lógica do mercado de notebooks baratos). Está aí a “oportunidade do segmento de valor”, quer dizer “vamos vender pro povo”. E na pesquisa interna deles, têm espaço: 66% dos tablets sub-899 são de “fornecedores de marcas genéricas” (ui). Com preço sugerido inicial em R$ 599 (HP 7), a ideia da HP é tentar fazer com que o consumidor interessado no tablet barato gaste R$ 100-200 a mais e compre um produto de marca mais conhecida. Mas isso não é garantia de que vá dá certo. E é o caso clássico de tablets baratos que, logo mais, acabam com preço menor ainda. Sobre os produtos em si, nada espetacular conforme o esperado: são modelos simples e que seguem o padrão de mercado – quad-core, tela HD, duas câmeras (nada de GPS ou 3G, por sinal). De qualquer modo, parecem mais sólidos e duradouros (e baratos!) que o temido HP Slate 7. O modelo mais em conta é o HP 7.1: Que tem as seguintes especificações oficiais: E o HP 8 (que parece seguir o mesmo design de referência do Positivo Mini): Com as especificações abaixo (preço sugerido: R$ 799): A HP promete atualização para Android 4.4 dos dois tablets até sua chegada às lojas, em maio. Nada de 3G/4G nesses modelos, mas a HP disse que terá novidades no segundo semestre.
Ta igualzinho o tablet Positivo q ta igualzinho o iPad mini. rs
e esse preço pelo de 8” bate de frente com o LG gPad, que dá uma surra em resolução, design e demais.
esse processador allwinner, nunca tive boas experiências com ele.
isso tá com cara de tablet chinês com logo da HP, tem vários assim no DX com o mesmo processador e tem uns com processador Rockchip, que são superiores.
Até entendo que seja um tablet para a população C/D.
Mas esse material é da propaganda? Eu que até entendo bem de informática não sei o que é um eMMC … que diabos é isso?
O que essa turma de marketing tem na cabeça? SDRAM DD3? Precisa disso tudo? Que viagem.. não é mais fácil colocar espaço interno e memória?
eMMC é uma solução que integra o controlador de memória e os bancos de memória flash dentro de um único encapsulamento do tipo BGA, o que economiza espaço físico na placa de circuito e acelera o processo de boot e a leitura/gravação de dados. Ele está sendo muito usado em dispositivos móveis como smartphones, celulares, eReaders, etc.
o material não tem realmente cara de ser material de propaganda, esta mais para informativo da apresentação da equipe de MKT do produto, ou algo que se manda para imprensa especializada. de qualquer modo é louvável tentar oferecer qualidade aceitavel a preços menores.
Legal, tentaram ser fieis ao design do iPad.
Gostei.
é…. a pressão do “low cost” que pressiona todos os fabricantes, chegou ao maior deles