Redmi Note 11 | iFood  | iPhone SE review
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Redmi Note 11 | iFood  | iPhone SE review

RESUMO

Edição enviada em 08 de abril de 2022 aos assinantes da INTERFACES NEWSLETTER. Assine e receba toda sexta de manhã.

Bom dia, interfacers! Semana de evento presencial cheia de informação quente na newsletter.

Tem Xiaomi, tem preço de projetor-que-parece-mas-não-é-cool da Samsung, tem review do iPhone SE novo (ufa ufa ufa). Mas tem também Elon Musk e o Twitter, as coisas erradas (mais umas agora) do iFood e uma galera que não quer voltar para o escritório. Boa leitura e até semana que vem.

ELETRÔNICOS DE CONSUMO

A NOITE DA XIAOMI

A Xiaomi lançou quatro smartphones da linha Redmi Note – 11, 11S, 11 Pro e 11 Pro 5G – no primeiro grande evento presencial da marca (e de uma empresa de tech) desde 2019.

Fomos morrendo de medo de aglomeração, mas estava tranquilo: esperavam mais de 1.000 convidados no Espaço das Américas (onde cabem 8 mil fácil), se 400 mifãs compareceram estamos sendo muito generosos. Destaque para o preço promocional, ainda que por poucos dias, do Redmi Note 11. Qual celular custa R$ 1.599 (preço cheio: R$ 2.599) hoje em dia? Os Redmi Note entram naquela seara de intermediários que estão na briga que importa do mercado brasileiro (linhas Galaxy A, Moto G e realme 8/9 que o digam).

Aproveitamos para perguntar para o Luciano Neto, chefe do projeto Xiaomi no Brasil, sobre a parceria com uma nova distribuidora (a Allied, que citamos semana passada).

A resposta foi que a DL agora cuida da distribuição de produtos Xiaomi – incluindo novos produtos como filtro de ar e airfryer conectados – e a Allied vai distribuir os produtos da linha Poco já em linha e em breve com um novo modelo ainda não anunciado. E os 4 milhões de telefones citados? É “mercado cinza”.

Lugar grande precisa de muita gente para dar a sensação de estar cheio (Interfaces)

THE FREESTYLE VEM AÍ

Semana que vem, a Samsung lança no mercado brasileiro The Freestyle, projetor portátil anunciado na CES em janeiro.

Na época, gostamos da ideia do projetor – que funciona em todo lugar, qualquer superfície – até ler o primeiro review independente, que confirma a teoria de que produtos de primeira geração sempre precisam melhorar.

O brilho parece ser ruim, o foco automático – algo essencial em um aparelho desses – também. Ah sim, o preço vai ficar na faixa dos R$ 7.000.

É caro? Sim. Quem pode pagar se importa com isso? Não.

Quem se importa com projetor de qualidade vai comprar um Freestyle? Também não, porque tem produto melhor no mercado. Mas essa comparação não vai ser feita pela mídia especializada local, podem anotar.

Para ficar em um exemplo, a concorrente LG tem modelo “fixo” com resolução e brilho muito melhores na faixa dos R$ 8.500).

Como todo produto ótimo na prancheta, o ideal é esperar a segunda versão (Samsung/Divulgação)

UM REVIEW PEQUENO: IPHONE SE 2022

Dois pensamentos na cabeça sobre o iPhone SE (2022), que começa a ser vendido hoje no Brasil – preços começam em R$ 4.199 (versão de 64 GB).

O primeiro é que ele deveria ser o smartphone de luxo da marca.

Seu design é clássico (a tela pequena com botão na base é um formato fácil de reconhecer), o desempenho é rápido (similar nos benchmarks ao iPhone 13 mesmo), a câmera, apesar de solitária, é muito boa – mas parece esquisito sair com celular com uma lente só atrás em 2022. A de selfie é mais ou menos, a bateria – pensando no fato de não precisar ver a tela o tempo todo – dura um dia inteiro.

O luxo? É poder ter menos informação na palma da mão, lembrar de tempos em que não existia essa demanda louca de olhar para telas o tempo todo (e ter vista cansada por causa disso). A qualidade da tela poderia ser melhor – mas o tamanho está ótimo.

Nos sentimos usando um iPod touch de anos atrás com muitos upgrades de hardware e software. Fino, leve, elegante.

Estar offline é um luxo em 2022, e ter um telefone que te interrompe menos é uma experiência incrível. Fora que cabe no bolso na hora de sair para correr. O segundo pensamento é sobre o mercado de smartphones intermediários.

A Apple sabe que quem compra um iPhone SE quer um aparelho para durar anos.

Quantos “intermediários premium” que rodam Android e têm 5G hoje vão chegar a 2026 com atualização de software mais nova? No Brasil, só modelos da Samsung, com sorte.

A chance aumenta se for smartphone premium. Se o Redmi Note 11 foi lançado com fanfarra e ainda roda Android 11, imagina a concorrência que tem políticas de poucas atualizações de sistema (Motorola e Nokia) a “quando der a gente atualiza” (realme, Asus, Xiaomi).

O iPhone SE prova que não precisa encher a mão para deixar o consumidor feliz (Interfaces)

123 SOM

A Huawei lançou mais um acessório no mercado brasileiro: agora foi a vez da caixa de som sem fios Huawei Sound Joy.

Estamos com uma aqui e faz tempo que não encontramos uma caixinha dessas que faz tanto barulho – graves ótimos e som bem alto. Só estranhamos o design que lembra muuuuuuuuito uma da Ultimate Ears.

MAGRINHO

Conheçam o Bulgari Octo Finissimo Ultra, o relógio de pulso mais fino do mundo. Duas perguntas: 1) qual a hora certa da foto? 2) alguém tem 400 mil euros para nos dar de presente? Prometemos que gastaremos no relógio, tá?

Estamos ansiosos para ver Faustão com um desses nos próximos dias (Bulgari/Divulgação)

TRIDIMENSIONAL

A Anker, uma ótima fabricante de acessórios para smartphones, entrou no mundo das impressoras 3D.

REVIEW DA SEMANA

No Wall Street Journal, vivendo com o robô Amazon Astro, a Alexa com rodinhas.

CULTURA DIGITAL

DELIVERY DE DESINFORMAÇÃO É O NOVO SERVIÇO DO IFOOD

A gente não nasceu ontem, tampouco se considera inocente em termos de comunicação, política ou sujeira online.

Uma reportagem da Agência Pública revelou que o iFood contratou agências para espalhar mentiras, esvaziar atos por melhores condições de trabalho de “parceiros” (como, descaradamente, chamam os trabalhadores de entrega) e criar uma narrativa favorável aos seus interesses.

Tudo foi feito usando táticas conhecidas faz tempo por quem trabalha com marketing político: perfis falsos tentando incitar ou desestimular movimentos contra seus interesses. O mais interessante – ou degradante – foi ter acesso aos perfis criados pelas agências tentando escrever como se fossem os motoqueiros.

Parece um esquete ruim de programa de humor se desenrolando na timeline, uma chuva de gírias forçadas e erros de português tirados do preconceito de redator de agência que nunca andou de ônibus na vida.

A gente espera muita coisa do iFood nessa altura do campeonato? Jamais. Mas parece que eles desafiam os limites da tolerância enquanto todo mundo se choca, mas segue com preguiça de lidar com o restaurante do bairro (imagina ter que… telefonar!) ou escolher o que comer sem um algoritmo e as promoções ajudando.

Em tempo: existem maneiras efetivas de ajudar entregadores, além de apoiar suas demandas e reconhecê-los como trabalhadores. Nem que o primeiro passo seja acompanhar a entrega no mapa e esperar o motoboy na portaria do prédio – já ajuda bastante.

TWITTERSLA

Elon Musk comprou US$ 2,9 bilhões em ações do Twitter. Meio mundo especulando o que vai acontecer (única coisa prática por enquanto foi o musgo virar conselheiro da empresa), a gente acha que o que atraiu a criatura bilionária mesmo foi a estratégia de criptodinheiros do Twitter.

Além disso, é mais fácil comprar ações (e virar o maior acionista) do que criar do zero uma rede social nova, não? Nessa hora, Donald Trump morreu de inveja.

O QUE A BYTEDANCE FEZ ERRADO NO VERÃO PASSADO

Copiou vídeos e fotos do Instagram e do Snapchat para usar no Flipagram, uma espécie de bisavô do TikTok.

QUEM QUER VOLTAR PARA O ESCRITÓRIO?

Ah… o “novo normal” (cof, cof… normal para quem?), com as corporações loucas para fazer valer o investimento em suas estruturas (ou megaestruturas) e colocar todo mundo de volta na vida de locomoção e convivência com estranhos.

A Apple é mais arrumadinha, mas não é diferente. Seus empregados estão bastante descontentes com o fim da vida de home office, mesmo com todas as mordomias oferecidas na vida híbrida. Mais do que descontentes, os empregados estão dispostos a se demitir. Curioso é que trabalhar em casa não acabou com a fama de exigir sigilo máximo da Apple – mas os vazamentos nos últimos anos seguiram no mesmo ritmo pré-pandemia.

COLETIVO

A Internet tem cenas horríveis e cenas incríveis – como o povo de uma comunidade do Reddit criando uma tela (/place) com pixels do mundo todo e depois apagando.

FALANDO EM CENAS HORRÍVEIS

Uma agência de publicidade (quem mais?) criou o primeiro morador de rua de um metaverso. Faltou, como sempre, o assessor de vai dar problema – cargo que deveria ser obrigatório em muito lugar.

LEITURAS LONGAS

CURIOSO

Na Vice, como as AirTags da Apple servem para encontrar coisas perdidas e perseguir mulheres – é a polícia nos EUA que está dizendo.

RETRATO

Na Entrepreneur, o documentarista Ken Burns acha que Mark Zuckerberg deveria estar na cadeia.

SEM MULTA, COM AMOR

A cidade de Nova York aboliu as multas das bibliotecas públicas, e agora livros esquecidos em estantes começaram a ser devolvidos com bilhetinhos fofos – no NYTimes.

A VELHA E BOA DISCUSSÃO

Sobre como câmeras de smartphone – ou de iPhone – se tornaram boas demais, na New Yorker.

REFUGIADOS…

Na Rest of World, os influenciadores russos estão se virando para migrar audiências locais para novas plataformas.

…E INFORMADOS

Na Rusi, o Twitter tem se provado uma boa ferramenta para acabar com desinformação (olha só) sobre a guerra na Ucrânia.

ANTENA

A Variety comenta que a TV linear está começando a dar sinais de que não vai sobreviver mesmo ao streaming.

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