Feriadão, Twitter bombando em vários sentidos. Muitas leituras longas. A gente estava certo com o preço do projetor da Samsung. Bom descanso e até semana que vem com algumas novidades e um novo feriado.
CULTURA DIGITAL
O TWITTER QUE CONHECEMOS ACABOU
Elon Musk comprou um pedaço considerável do Twitter na semana passada (que nem é mais o maior, vale notar). Ia entrar para o conselho de administração da empresa e desistiu.
Homem-criança que é, o bilionário – que vem pressionando o Twitter por mudanças para o que ele acha que é “liberdade de expressão”, com tudo liberado e moderação mínima ou inexistente – resolveu então comprar o Twitter inteiro em uma oferta hostil.
A tentativa de compra não tem nada a ver com liberdade de expressão ou mudanças que Musk acha que são importantes para o Twitter.
Tem a ver com política e tornar o inferno que o Twitter já é em algo pior – imagina Donald Trump se gabando com sua conta recuperada? Então, o Twitter que conhecemos acabou. Por dois motivos.
Se Elon Musk levar – tudo depende da aprovação do conselho (que, cá entre nós, deve estar se borrando de medo de perder essa boquinha se aprovar) –, foi bom ver o Twitter nos seus dias de glória (algo entre 2010 e 2014, quando ainda existia alguma inocência por ali. Mas nós sabemos onde isso vai dar.
Se Elon Musk não levar e o conselho barrar, um monte de acionistas vai processar o Twitter, a SEC abrir investigação (todas as regras que Musk quebra em relação a sigilo e bolsa de valores são ignoradas, certo?)
O cara já é acionista, diz que vai comprar tudo, as ações sobem, o valor do que ele já tem sobe junto, ele fica mais rico), a empresa começa a entrar em seu declínio. E Musk vai pular fora e ver o circo pegar fogo.
Nós também sabemos onde isso vai dar. O mais estranho nessa história toda – o que não é estranho em 2022? – é que Elon Musk deu um TED Talk ontem de manhã após divulgar a tentativa hostil de compra.
Disse que o Twitter não é para fazer dinheiro, repetindo o mantra do discurso livre. Enquanto isso, o Twitter avalia a proposta – e já tem acionista falando que é contra a aquisição. Twitter, foi bom te conhecer.
ORÁCULO
Um tweet que resume muito o que pensamos sobre ser uma boa coisa Elon Musk levar o Twitter: pode ser um jeito eficiente de fazer o bilionário perder muito dinheiro.
O clima lá dentro já não está legal. Mas tem gente pensando positivo.
ZAP SE MOVE
O WhatsApp anunciou um monte de mudanças e novidades a caminho.
O que importa mesmo é que, no Brasil, tem boas ações para evitar o encaminhamento de mensagens, a tempo de tentar evitar desinformação durante as eleições. Só faltou combinar com o Telegram, não?
ATÉ TU, LUIZA?
Outro dia o Samir descobriu que estavam dando golpe no Zap usando a foto dele. Mas não manda mensagem pro Samir pai (grande personagem, o pai do Samir!) com emoji de reza, né? Pior que até a Luiza Trajano, a Magalu, descobriu que estavam pedindo dinheiro em nome dela.
ANIRA
Anitta chegou ao topo do Spotify. Mas não foi apenas por mérito ou sucesso próprio nem algoritmo, mas sim com uma ajudinha dos fãs brasileiros – muita ajudinha, por sinal.
A PONTE DO RIO KWAI
O Kwai assumiu seu perfil noveleiro e passou a produzir/incentivar ainda mais as novelas e séries curtinhas. Grande ideia.
SEM PHOTOSHOP
A agência Ogilvy não vai mais trabalhar com influenciadores que editam seus corpos e rostos. Uma ótima iniciativa, por sinal.
COM DINHEIRO
Você sabia que existe um banco brasileiro feito só para influenciadores? Se não sabia, agora está sabendo.
CHEIRO DE QUIBI
A CNN+ estreou nos EUA e parece ser um fiasco de audiência. (para entender a piada do título, leia aqui ou aqui)
RIMOS
Jack Dorsey, fundador e ex-CEO do Twitter, é um dos entusiastas do NFT e criou um de seu primeiro tuíte (e o primeiro da história), vendido por quase US$ 3 milhões. Agora o feliz comprador está leiloando o NFT do primeiro tuíte – ou pelo menos tentado. Esperava US$ 50 milhões, até o momento tem propostas de US$ 800 e virou motivo de piada.
ACHADOS AMAZON DA SEMANA
- Microfone de lapela sem fio com conector USB-C para smartphone
- iPhone 13 Pro Max com desconto
- Aparador de pelos Philips
- Impressora 3D Elegoo Mars 2 Pro
- Lixeira automática de inox 50 litros com sensor
ELETRÔNICOS DE CONSUMO + GAMES
ERRAMOS POR 1 REAL
A Samsung anunciou o projetor The Freestyle e, conforme previmos na semana passada, o preço correto é R$ 6.999. Chega em maio às lojas.
GOLPINHO
Velha máxima: está na internet, oferta parece barata demais, é golpe – agora envolvendo anúncios do Google e iPhone XR.
NO JORNAL NACIONAL
A crise de chips segue pautando a grande mídia – é a fábrica da Epson no vídeo?
RUMOR DA SEMANA
Começam a aparecer os primeiros vazamentos sobre os vindouros chips M2 da Apple.
DEU…
A Epic anunciou um investimento na produtora brasileira Aquiris.
…E RECEBEU
E recebeu mais de US$ 2 bi da Sony e KIRKBI (leia-se: donos da Lego), que esperam um desenvolvimento do “futuro do entretenimento digital” (metaverso).
STREAMER DA RAVE
Você está tranquilo jogando sua partidinha de Call of Duty: Modern Warfare 2 quando é morto. Curioso, vai atrás de quem foi seu algoz… e se depara com um adolescente frenético com uma rave completa em seu quarto – com direito a pirotecnia.
MAIS QUE UM JOGO
Elden Ring analisado de maneira melancólica e profunda sob o olhar de uma sociedade que sofreu com a pandemia.
E ACABOU
A Nimo TV, concorrente da Twitch, anunciou que encerrou suas operações no Brasil por “fatores internacionais”.
CONGELOU
A Disney entrou com o velho e bom processinho contra o Club Penguin Rewrriten, um clone do site/comunidade fechado em 2017 pela turma do Mickey. O site nostálgico saiu do ar e os donos entregaram os dados para a polícia.
LEITURAS LONGAS PARA O FERIADO
EM LISTA!
- Porque o Pebble falhou, no Medium.
- 10 anos de sociedade estúpida, no The Atlantic
- Como as mídias sociais vão moldar o julgamento da guerra na Ucrânia, na Grid.
- O que aconteceu com a camada de ozônio, na BBC.
- O cyber-rodeio da Tesla no Texas, no Verge.
- Bitcoin não é tão anônimo assim, na Wired.
- Um resumo da conferência de criptomoedas em Miami, na Fast Company.
- Os perigos do QR Code, na Conversation.
- Os haters do casal Harry e Meghan no YouTube, na Input.
- Mesmo com inflação, uma marca de chá nos EUA segue cobrando 99 centavos, no LA Times.
- Uma entrevista com o cara que pegou disenteria porque quis, na Observer.
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