A Motorola lançou ontem no Brasil o Moto G, seu novo smartphone de entrada, voltado a quem procura seu primeiro aparelho inteligente.
Nas demonstrações ontem, percebi que o Moto G é muito parecido com o irmão maior (e mais caro) Moto X. Agora, com os dois telefones lado a lado, encontrei algumas diferenças – e uma coisa que só o Moto G tem. Não vou falar das diferenças de configuração de hardware aqui (veja mais sobre o Moto X e o Moto G).
1) Design e acabamento
À esquerda, Moto X. À direita, Moto G, que perde o padrão traseiro em troca de uma superfície lisa. Na mão, o G parece ser menos arredondado atrás que o X.
2) Espessura
O Moto X (esq) é levemente mais fino que o Moto G (dir): 10,4 mm x 11,6 mm.
3) Tela
Apesar de terem a mesma resolução (720 x 1280), existem pequenas diferenças na tela dos dois aparelhos: o Moto X tem uma densidade de pixels menor (312 pontos por polegada) em uma tela de 4,7″ AMOLED; o Moto G tem 329 pontos por polegada em 4,5″ de tela LCD. Dá para notar bem a diferença na tecnologia de tela: o AMOLED puxa mais para cores quentes que o LCD.
Ao colocar os dois aparelhos lado a lado dá para ver também que o alinhamento da tela com as bordas do aparelho é levemente distinto (e o Moto G tem luz de notificação de mensagens no topo da tela, algo que o Moto X não tem).
Mais duas imagens da tela com uma imagem igual: A do Moto X (AMOLED) tem cores mais fiéis e melhor contraste, a do Moto G (LCD), é mais branca e com menos contraste. Note a pelagem da Matilda: no X, está mais para preto (à esquerda); no G, assume tons mais arroxeados (à direita).
4) SIM Cards
O Moto X não tem uma tampa traseira removível e seu nanoSIM card (igual ao usado no iPhone 5/5s) fica em uma bandeja na lateral do telefone. O Moto G tem uma tampa removível (que pode ser trocada por outras coloridas) e versões com um ou dois microSIM cards (padrão na maioria dos smartphones hoje).
Os dois slots estão nas laterais do produto – o principal na direita superior, o secundário na esquerda inferior. Mas não dá para trocar a bateria do Moto G apesar da remoção da tampa.
5) Co-processadores
A grande estrela invisível do Moto X é o uso da nova arquitetura Motorola X8 Mobile Computing System, formada pelo processador Qualcomm S4 Pro e dois processadores dedicados para reconhecimento de voz e sensores. Na prática, o Moto X está atento (e você pode dar oi para ele, que responde a comandos de voz) o tempo todo.
No Moto G, nada disso: só um processador Snapdragon 400 (chip de volume da Qualcomm) e nada de chips/sensores adicionais. É um smartphone Android convencional no ponto de vista da arquitetura de sistema. Ah sim, o Moto G já vem de fábrica com Android 4.3 (o X que está aqui roda Android 4.2.2 ainda). Ambos vão pra Android 4.4 nas próximas semanas.
Bônus track: BR Apps
O Moto G, por ser fabricado no Brasil, já vem com um “pacote de aplicativos nacionais” (graças às regras protecionistas do Governo Federal). Na prática, é um atalho para apps nacionais no Google Play. Tudo para cumprir a legislação à risca e obter isenções fiscais.