Nokia T20: de volta aos tablets

A HMD Global anuncia hoje o lançamento do tablet Nokia T20, com Android 11 e tela de 10,4″. O modelo deve chegar ao mercado brasileiro até o final do ano.

Mas em pleno 2021, faz sentido lançar um tablet com Android? Para a HMD Global, sim – dados divulgados pela companhia para justificar o anúncio de hoje incluem crescimento de 24% no Brasil (fonte: IDC) e, no mundo, de 43% no terceiro trimestre de 2020 em comparação a 2019 (fonte: Canalys).

Quase tudo culpa da pandemia e da necessidade de dividir os gadgets de casa entre trabalho e entretenimento – o T20 serve tanto para reuniões no Zoom e para distrair as crianças (tem até uma área dedicada – Kids Space – com gerenciamento dos pais e apps infantis).

E, cá entre nós, a Samsung nada de braçada no mercado intermediário/premium no país (não considero aqui modelos de marcas como Multilaser e Positivo, com um foco maior em público infantil). Bom ter um pouco de concorrência. E, nos super premium, a Apple ainda é a referência com os iPads.

O Nokia T20 segue a filosofia da marca de tentar oferecer produtos a preços competitivos com configurações mais ou menos intermediárias e um acabamento legal.

Nos destaques do hardware, tem uma tela grande de 10,4″ (resolução 2K) e bateria de 8200 mAH (com conector USB-C e carga rápida). Roda Android 11, com promessa de 2 anos de atualizações de software e 3 anos de atualizações de segurança, e tem recursos de gerenciamento corporativo. Nos pontos negativos, pouca RAM/armazenamento interno (versões com 3GB/32GB e 4GB/64GB) e um processador octa-core T610 da Unisoc.

Com tanto chipset Unisoc no mercado brasileiro (a Philco tem uma linha só com chips deles, Multilaser também), dá para arriscar dizer que a Unisoc é a nova MediaTek. E a MediaTek, com produtos 5G e cada vez mais premium, é a nova Qualcomm.

Na Europa, o modelo de entrada do Nokia T20 com Wi-Fi vai sair por 199 euros e com LTE/4G, 239 euros. Diz a Nokia que o tablet já vem com uma capa na caixa, mas vai vender versões mais robustecidas como acessórios.

Ah sim: apesar de ser o primeiro tablet da HMD Global com a marca Nokia, já vimos outros tablets no passado – como o Nokia N1 (que saiu num limbo pós-Microsoft/pré-HMD), o Nokia Lumia 2520 (ainda na era Microsoft) e meu fetiche eterno Nokia N800 Internet Tablet (na época dos finlandeses).

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