Samsung Z1 é o primeiro smartphone comercial da fabricante coreana com sistema operacional Tizen. É um aparelho básico, com recursos simples de hardware, mas que tem seu valor – ao menos histórico.
O Tizen, pra quem não lembra, tem uma longa história no passado. Anos e anos atrás, um sistema operacional baseado em Linux chamado Maemo, criado pela Nokia, que se fundiu com o Moblin, da Intel, e juntos passaram a adotar o nome civil de MeeGo. MeeGo, pai solteiro do filho único Nokia N9, pegou fogo com a plataforma da Nokia e ressurgiu das cinzas como Tizen, prontamente adotado pela Samsung.
Reza a lenda que a Samsung em algum momento irá adotar o Tizen como substituto do Android. O sistema já está presente em smartwatches da marca e, a partir deste ano, será a principal plataforma para suas Smart TVs. É um primeiro passo para começar a integrar os produtos da companhia no mundo da internet das coisas (mantra repetido diversas vezes durante a CES 2015).
Sobre o Z1 (além da confusão de nome com o aposentado Xperia Z1, da Sony), nada demais: o aparelho não é o primeiro smartphone com Tizen, já que o Samsung Z foi anunciado numa conferência para desenvolvedores em junho de 2014. Mas o Z nunca chegou ao mercado, e o Z1 começa a ser vendido na Índia a partir desta semana em três cores (preto, branco e vermelho). Preço sugerido: 5.700 rúpias, algo em torno de US$ 90/R$ 250.
Nas especificações técnicas, o Samsung Z1 usa um processador dual-core de 1,2 GHz, com 768 MB de RAM e 4 GB de armazenamento interno (expansível a 64 GB com microSD), suporte a dois SIM cards de operadoras, bateria de 1.500 mAH (duração estimada: 7 horas de reprodução de vídeo ou 8 horas de conversação), tela de 4″(800 x 480) e câmera traseira de 3,1 megapixels (frontal: VGA).
Diz a Samsung que fez parcerias de conteúdo na Índia para música, filmes, TV e rádio, além de cotas de dados gratuitas de 500 MB com operadoras locais para planos 3G. E se você pressionar o botão de liga/desliga quatro vezes seguida o Z1 ativa um modo de emergência com envio de mensagem de socorro com localização para contatos cadastrados.
[Samsung, com fotos via Samsung Tomorrow]
Quanto mais opções, melhor será para os consumidores.
Na verdade, depende.
Notei, “em todos estes anos nesta indústria vital” (tecnologia) que pessoas comuns estão acostumadas com padrões. Isso porque a maioria das pessoas querem ter mais ou menos “o que o outro quer, só que do seu jeito” ou “que todos usem bem”.
Quanto mais opções, mais complicado é para os consumidores também. Quanto mais modelos e variações, mais um cliente pode se confundir e no final até “massacrar” a marca porque pensou que comprando um celular G, ia ter a qualidade de X. =p
Tanto é que muitos especialistas e jornalistas de tecnologia elogiam, por exemplo, a ideia da Motorola de ter uma base de três aparelhos principais apenas: E, G e X; e dentro deles, apenas pequenas variações de capacidade ou uma ou outra tecnologia que alguém pode se desprender ou não quando compra um celular, como TV digital ou mais capacidade de memória, por exemplo.
Amplie isso para o uso comum de computadores e isso explica o porquê de apenas pessoas comuns adotarem apenas o Windows, raramente adotarem uma distribuição LInux e só quem tem dinheiro no BR compra Apples.
Claro que a entrada do Tizen significa também a possível adoção de novas tecnologias ou hábitos. Mas isso, só o mercado comum poderá dizer. Quem vai definir a continuação desta tecnologia será a própria. Isso também contando um pouco da “magia da publicidade” 🙂
Lembrando que a Samsung anteriormente trabalhava com Bada, e muito “pratrasmente” trabalhava como LiMo, então creio que do MeeGo para o Tizen, têm o LiMo e o Bada no meio. Já o Sailfish é que seria o herdeiro direto do MeeGo.
Para embasar a ideia que o Tizen têm LiMo no meio, basta ver na WikiPedia, que a LiMo Foundation mudou o nome para Tizen Association.
WikiPedia: LiMo Foundation